//Lufapo Hub quer ser centro de indústrias criativas

Lufapo Hub quer ser centro de indústrias criativas

Chama-se Lufapo Hub, fica em Coimbra – nas antigas instalações da antiga fábrica de cerâmica que lha dá o nome – e quer ser um centro de indústrias criativas, que concilie a arte com a inovação, a sustentabilidade e a inclusão.

Através de um investimento de mais de seis milhões de euros, o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV) está a requalificar e a transformar aquele que foi um dos maiores complexos industriais cerâmicos do país num hub criativo e empreendedor de cocriação, coworking, startups e scaleups.

O projeto, explica ao Dinheiro Vivo Ana Carvalho, a responsável pelo Hub, é um novo conceito inspirado noutros projetos de sucesso e nas novas políticas económicas, que privilegiam a cocriação, a inovação inclusiva e o empreendedorismo em consonância com o movimento New European Bauhaus. Em suma, o Lufapo Hub quer atrair criadores mundiais e desenvolver ideias de negócio.

Atualmente, ali já se encontram 25 projetos em funcionamento, mas a intenção é aumentar este número. “Independentemente do projeto de requalificação em desenvolvimento, ainda há espaços por ocupar. Desde gabinetes, ateliês e salas de laboratório individuais até lugares/secretárias em regime de coworking ou de cocriação nos ateliês. Atualmente, temos cerca de 80 utilizadores, mas este número pode crescer substancialmente, pois cerca de dois terços do edifício, que tem quase cinco mil metros quadrados, ainda estão por ocupar”, refere a project manager do Lufapo Hub.

Dada a dimensão do imóvel, distribuído por cinco andares, a sua reabilitação total acaba por ser um investimento muito elevado. “E em especial para uma entidade como a nossa, de utilidade pública e sem fins lucrativos”, refere a responsável. “Por isso, andamos à procura de financiamentos quer ao nível do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) quer ao nível do Portugal 2030, ou mesmo do Horizonte Europa”.

Candidatos

A primazia – para quem deseje candidatar-se a um espaço no Hub – é dada aos setores da cerâmica e do vidro e a negócios inovadores e tecnológicos, mas, e como declara Ana Carvalho, o espaço aloja todos os “projetos que se revelem ser uma mais-valia para este ecossistema, que pretende criar sinergias entre todos os alojados”. “Portanto, diria que podem candidatar-se projetos em fase de início de atividade, startups, criadores, empresas em crescimento ou mesmo profissionais liberais ou empresas tradicionais que revelem ser complementares ao Hub”, concede.

E haverá espaço para acolher todos estes projetos quando o projeto de reabilitação integral do edifício estiver concluído. No final, o imóvel será mais acessível e inclusivo. Ao mesmo tempo, os antigos laboratórios serão transformados em espaços mais adequados a alojamento de empresas/projetos.