//Luís Simões quer camiões elétricos nas cidades

Luís Simões quer camiões elétricos nas cidades

A Luís Simões está a estudar novas formas mais ecológicas para transportar as paletes dos clientes. O grupo logístico português – com 70 anos acabados de fazer, em novembro – está atento ao mercado de camiões elétricos para transporte dentro das cidades. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, José Luís Simões fala também sobre o novo centro de operações logísticas de Guadalajara, perto de Madrid, inaugurado na quarta-feira e que vai duplicar a capacidade de trabalho no centro da Península Ibérica.

“Ainda não há um único camião elétrico à venda, mas temos algum interesse em camiões mais pequenos [como os que serão produzidos na fábrica da Mitsubishi Fuso, no Tramagal]. No interior das cidades, não faz sentido que no futuro não haja mobilidade elétrica. Mas, para isso, há muito trabalho a fazer, pelas autarquias e pelos locais de entrega. A seu tempo, trabalharemos nisso”, refere o presidente executivo da Luís Simões.

A empresa tem apostado, nos últimos anos, na diminuição da pegada ambiental dos seus veículos. “Reduzimos a idade da frota, que cumpre atualmente as normas de emissões Euro 5 e Euro 6 [de 2014]. Também estamos a tornar a condução cada vez mais segura e eficiente, com menos consumo de combustível”, elenca. José Luís Simões afirma mesmo que “um camião de 40 toneladas produz tanta ou menos poluição do que um carro com dois passageiros”.

O grupo logístico também conta desde 2014 com dez gigaliners, megacamiões de 25,25 metros, com capacidade para transportar até 60 toneladas de carga “mas que reduzem a poluição em 30%”. Estes veículos, com dois reboques, são utilizados em percursos específicos e não têm marcha-atrás: transportam pasta de papel entre a fábrica da Celbi de Leirosa e o porto da Figueira da Foz; e também são utilizados desde 2017 nas estradas da região de Saragoça.

Mais emprego em Espanha
Esta semana ficou marcada pela inauguração do novo centro de operações logísticas da Luís Simões perto de Guadalajara, em Espanha. Este centro é constituído por três armazéns, que ocupam um total de 89 mil metros quadrados e com capacidade para 178 mil paletes. Nas próximas semanas, duas das três naves vão estar a funcionar em velocidade de cruzeiro. A terceira nave estará pronta até março de 2020.

O reforço do investimento em Espanha vai permitir a criação de 450 empregos numa fábrica automatizada. Além de prestar serviços de logística em larga escala, estas pessoas vão fazer, por exemplo, o empacotamento para oferta de produtos em promoções (co-packing), cuidar dos espaços com câmaras frigoríficas controladas e ainda tratar do comércio eletrónico.

O centro de Guadalajara representa um investimento total de 85 milhões de euros, realizado em parceria com a promotora espanhola Montepino. O grupo Luís Simões mostrou também o complexo industrial em Campanillas del Campo, que está desde 2017 instalado neste território, também perto de Madrid. Este espaço ocupa um total de 65 mil metros quadrados e tem capacidade para armazenar até 95 mil paletes.

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