//Maioria dos projetos de lei de apoio à parentalidade vai a discussão na Comissão de Trabalho

Maioria dos projetos de lei de apoio à parentalidade vai a discussão na Comissão de Trabalho

A maioria dos projetos de lei de apoio à parentalidade vai ser discutida na Comissão de Trabalho e Segurança Social, tendo esta sexta-feira sido rejeitadas pelo parlamento as duas iniciativas do partido Chega.

As iniciativas de apoio à parentalidade, apresentadas a reboque de uma petição com mais de 250 mil assinaturas, incluíam projetos de lei do CDS-PP, Bloco de Esquerda (BE), partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), dois da deputada não-inscrita Cristina Rodrigues, e Chega, além de um projeto de resolução também do Chega.

À exceção das iniciativas do Chega, que foram chumbadas, em relação a todos os projetos de lei foram aprovados requerimentos para baixar à comissão da especialidade, por 60 dias, o que significa que vão ser discutidos na Comissão de Trabalho e Segurança Social.

Durante a discussão no plenário, a deputada socialista Cristina Mendes da Silva foi logo bastante clara quanto à opção do partido em votar contra todas as iniciativas, apontando haver “razões substantivas” para o fazer.

“A primeira é porque nós estamos de acordo com a simultaneidade do uso das licenças. Está provado, há uma evidencia científica clara que aponta que o aumento da partilha das licenças é tão mais importante quantos os estudos demonstram que os pais que gozam as licenças em partilha com as mães têm uma tendência superior para a partilha de todas as responsabilidades parentais”, apontou.

Por outro lado, sustentou que em Portugal já existe uma “situação equilibrada” no que diz respeito aos tempos para a amamentação e aleitação e sugerir que as licenças sejam “instrumento para impor opções que devem ser opções das mulheres, diminuiu o direito às mulheres e pode criar armadilhas às mulheres no acesso ao emprego”.