O primeiro-ministro considerou esta quarta-feira que os empresários nacionais têm de ser competitivos na contratação e atração de quadros qualificados e defendeu que o Orçamento do Estado para 2020 apresenta medidas para apoiar esse objetivo.
António Costa falava no final da cerimónia de inauguração de novas instalações e novos laboratórios da multinacional portuguesa Hovione – um investimento avaliado em 23 milhões de euros e que permitirá a contratação de mais 400 trabalhadores.
Numa sessão em que estiveram presentes o presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares, cuja ação foi elogiada pelos responsáveis da empresa, e o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, entre outras individualidades, o presidente da Hovione, Guy Villax, referiu que a sua multinacional, com um total de três mil trabalhadores (1200 dos quais em Portugal) “é a empresa portuguesa que emprega mais doutorados e também aquela que forma mais doutorados”.
António Costa pegou depois precisamente neste ponto e, no seu discurso, defendeu que “é possível criar empresas que se tornam 60 anos depois o que a Hovione é hoje”.
Depois de salientar que o objetivo do seu Governo é o de que as exportações atinjam os 50% do Produto Interno Bruto “em meados da presente década”, António Costa frisou a seguir que essa meta implica “que a presença internacional das empresas portuguesas tem de ser reforçada”.
“E para que isso seja possível tem de haver um alinhamento entre as políticas públicas e o esforço empresarial. Por isso, é importante o processo em curso na concertação social, tendo em vista respostas aos desafios da competitividade e da valorização dos rendimentos. Se queremos liderar na inovação, temos de ser competitivos na contratação”, advertiu o líder do executivo.
Após este recado dirigido aos empresários, António Costa disse que, pela parte do seu Governo, o Orçamento do Estado para 2020 apresenta medidas para “apoiar esse esforço que compete às empresas”.
“O conjunto de políticas de apoio à autonomia dos jovens e de apoio à família, que estão revistas no Orçamento do Estado para 2020, são absolutamente cruciais”, declarou.
António Costa falou então de medidas do Orçamento do próximo ano como a isenção em 30% da tributação em sede de IRS no primeiro ano de trabalho de um jovem, ou os apoios ao arrendamento acessível.
“É no conjunto do alinhamento destas políticas públicas com a capacidade das empresas investirem na contratação e valorização dos seus recursos humanos que o país pode de uma forma sustentada crescer continuadamente”, acrescentou.
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