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A Sogrape, a maior empresa portuguesa de vinhos, teve em 2021 “o melhor ano de sempre”, com vendas de 309,9 milhões de euros. Um dos contributos fundamentais para essa performance veio de Mateus Rosé, “a joia da coroa” da empresa, que voltou a apresentar “os melhores resultados das últimas três décadas”, crescendo mais de 9% à boleia de países como Portugal, Rússia, Alemanha, Itália e Roménia. Foram 23 milhões de garrafas, mais dois milhões do que no anterior: São mais de duas garrafas a cada três segundos. Com a guerra na Ucrânia e a suspensão de vendas para a Rússia, as expectativas para 2022 apontam para um volume igual ao de 2021. “O facto de não termos vendido uma única caixa para a Rússia em 2022 foi algo difícil, mas o crescimento dos outros mercados, nomeadamente Portugal, vai compensar a perda do volume na Rússia”, acredita a administradora da Sogrape, Raquel Seabra.
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Vendido em mais de 100 países, o mais internacional dos vinhos portugueses tem no Reino Unido o seu maior mercado, onde foram vendidas 3,6 milhões de garrafas, seguindo-se Portugal, com três milhões. Significa que, a cada minuto, foram vendidas cerca de sete garrafas Mateus no Reino Unido e seis em Portugal. A Rússia era, no ano passado, o terceiro maior mercado, com 2,2 milhões de garrafas compradas, um aumento de 8,8% face ao ano anterior.
Música para comemorar os 80 anos
Na base da fundação da Sogrape, em 1942, Mateus Rosé está, este ano, a comemorar o seu 80.º aniversário, marco que assinalou com o patrocínio e “a presença massiva” no Rock in Rio e o lançamento de uma edição limitada de três garrafas dedicadas à música, cada uma delas com um embaixador respetivo: Gisela João, para a versão fado, The Legendary Tigerman, para a versão rock e Branko, para a eletrónica. “Há grandes fãs da marca no mundo da música, como Elton John, Jimi Hendrix, Sting ou Amália Rodrigues, entre muitos outros, e conseguimos com a ligação à música mostrar a universalidade de Mateus. Além de qua a música é um elemento de aproximação, de comunhão e celebração, e é uma forma de lembrarmos que Mateus vai bem com momentos de descontração e de amizade”, explica a administradora da Sogrape.
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Sobre os 80 anos de Mateus e o sucesso da marca, Raquel Seabra fala numa “história notável, de crescimento constante” e “única ao nível da internacionalização, sendo hoje a marca de vinho português mais global”. Mas aponta também a capacidade de se atualizar e acompanhar as tendências, mantendo”os mesmos elementos de identidade” de sempre. A substituição da tradicional garrafa verde por uma de vidro branco, mais “alta e elegante”, foi a forma encontrada, em 2019, para dar uma imagem “mais moderna, apelativa e refrescante” à marca.
Pelo meio foram sendo lançados novos tamanhos e formatos, bem como novos produtos, como o Mateus Rosé Aragonez, o Sparkling ou o Dry White. A mais recente aposta é o Mateus em lata, recentemente lançado na Bélgica e Suíça. “Estes foram os países escolhidos para a realização de um teste de mercado este ano. Queremos perceber a recetividade a este formato e até agora os resultados têm sido positivos, mas queremos avaliar melhor com os dados deste verão”, refere Raquel Seabra.
Sobre a conjuntura internacional e o aumento dos custos das matérias-primas, a responsável garante que a Sogrape tem procurado gerir o contexto inflacionista “de forma muito estratégica, ponderada, sem alarmismos e em diálogo permantente com os clientes”. A dificuldade na obtenção de matérias-primas secas, como as garrafas, cartão e rótulos, é uma realidade, “que afeta todo o setor”, mas que a empresa tem conseguido gerir, graças a “relações de parceria, de muitos anos, com os fornecedores”.
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