A Cofina, proprietária do Correio da Manhã, já entregou a contestação no processo que a opõe à Prisa por causa da caução de 10 milhões de euros que o grupo espanhol alega que lhe é devida pela desistência da compra da Media Capital, que detém a TVI, avança o Expresso.
Recorde-se que a Prisa defende que a Cofina desistiu da compra da Media Capital sem justificação e, por isso, tem de pagar os 10 milhões de euros da caução, conforme estava previsto no acordo assinado em setembro do ano passado entre as partes.
A Cofina diz ter desistido do negócio devido ao insucesso da operação de aumento de capital que serviria para financiar a compra da Media Capital e por as contas da proprietária da TVI não estarem de acordo com a realidade. Segundo alega o grupo liderado por Paulo Fernandes, antes de dar por terminado o acordo, solicitou à Prisa que voltasse a mesa das negociações, sem sucesso.
O Expresso avança ainda que a Cofina está a preparar um pedido de indemnização pelo que considera serem os prejuízos causados pela decisão da Prisa de não renegociar os valores da operação em função da descida de valor e resultados da Media Capital, registados no primeiro semestre.
A Cofina desistiu a 11 de março da compra da Media Capital, mas na semana passada avançou com uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital, oferecendo quase metade do valor face à avaliação feita em setembro no acordo assinado com a Prisa.
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