O conselho de administração da Media Capital já se pronunciou sobre a OPA da Cofina ao grupo dono da TVI: ” a Oferta não é inoportuna, na medida em que, no seu entender, não afeta o normal desenvolvimento da Media Capital.” O valor da oferta é “adequado”, embora a liderança da dona da TVI considere como “adequado um eventual aumento ou revisão em alta da contrapartida da Oferta”.
A Cofina avançou com uma OPA sobre a dona da TVI, cujo registo aguarda aprovação da CMVM. O dono do Correio da Manhã ofereceu uma contrapartida de 2,3336 euros/por ação, mas o valor final será determinado por um auditor independente nomeado pelo regulador de mercados. “Assim, o conselho de administração reservar-se-á para o futuro a pronúncia sobre uma contrapartida mínima que venha a ser determinada por auditor independente, caso esta venha a divergir das contrapartidas referidas”, pode ler-se em comunicado enviado ao mercado.
Mas, sobre a contrapartida oferecida pela Cofina, o conselho de administração do Grupo Media Capital “analisou diversas avaliações relativas às condições financeiras da Oferta, que permitem considerar que uma contrapartida de 2,3336 euros (dois euros, trinta e três cêntimos e trinta e seis centésimas de cêntimo) por ação da Media Capital se afigura adequada.”
“O conselho de administração entende ainda como adequado um eventual aumento ou revisão em alta da Contrapartida da Oferta, encontrando-se num intervalo de valorização da Sociedade Visada que se considera razoável e apropriado.”
A compra da Media Capital vai permitir à Cofina “tornar-se num grupo integrado e mais competitivo de media em Portugal: televisão, publicação de jornais e revistas, rádio, digital e produção audiovisual”, sendo a expectativa que a aquisição “permita criar um Grupo mais preparado para enfrentar os desafios que se colocam atualmente à indústria dos media, em especial à imprensa tradicional”, realça o conselho de administração da dona da TVI.
“O conselho de administração considera positiva a estratégia apresentada na medida em que prevê designadamente, potenciar o investimento na expansão digital, o lançamento de serviços inovadores e a promoção e desenvolvimento de conteúdos produzidos em Portugal, mantendo-se como um ativo com identidade portuguesa”, consideram.
O conselho de administração da Media Capital também faz uma avaliação positiva do impacto desta operação nos interesses dos seus trabalhadores e nas suas condições de trabalho, mostrando-se “confiante de que a entrada da Oferente no capital social do Grupo Media Capital terá um impacto positivo para as estruturas dos trabalhadores na medida em que a se integrará numa estratégia de consolidação dos media no plano global, mantendo-se no essencial a atividade das sociedades que com a Sociedade Visada estão em relação de domínio ou grupo”.
Em conclusão: “O conselho de administração da Media Capital considera que a Oferta é oportuna e que as respetivas condições são adequadas.”
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