A Meo vai responder “com toda a serenidade e tranquilidade” às acusações da Autoridade da Concorrência, mesmo porque sabe que está “inocente”. A Altice, dona da Meo, reage assim à acusação de prática de cartel contra Meo e Nowo (antiga Cabovisão), que esta tarde foi tornada pública pela AdC.
A reação foi enviada ao Dinheiro Vivo com a confirmação da Altice de ter recebido “a Decisão de Inquérito dirigida também à Meo e à Nowo pela Autoridade da Concorrência alguns minutos antes de esta informação ser tornada pública nos órgãos de comunicação social”. E sublinha que essa queixa contra a empresa mãe caiu, como prevê que esta também acabe sem consequências. “Estamos convictos da nossa inocência”, sublinha a Altice Portugal, lembrando que “a referida Decisão de Inquérito (onde se acusa Meo e Nowo) arquiva o processo contra a Altice Portugal”. E conclui: “Sendo também esta acusação totalmente infundada, refutaremos também esta, com vista ao apuramento da verdade.”
A empresa de telecomunicações diz-se totalmente disponível para colaborar “no apuramento até à última instância da verdade”.
Contactada, a Nowo preferiu não comentar para já a acusação da Concorrência.
Criticando o facto de a acusação ter chegado quase em simultâneo às empresas acusadas e aos media – “procedimento normal no âmbito de um processo já há muito do conhecimento público” -, a Altice Portugal lembra que a sua pronúncia, “fulcral” no processo, será enviada à AdC no tempo devido, “com toda a serenidade e tranquilidade que este processo sempre nos mereceu”, acrescenta a empresa.
A Autoridade da Concorrência acusa Meo e Nowo de terem constituído um cartel de repartição de mercado e fixação de preços dos serviços de comunicações móveis, apurou o Dinheiro Vivo e confirmou junto de fonte oficial do regulador. As operadoras terão ainda de apresentar a sua defesa. Caso sejam consideradas culpadas, arriscam uma coima que pode ir até 10% do volume de negócios do ano anterior à decisão. (Leia aqui tudo sobre o processo)
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