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O mercado de escritórios registou, em 2020, uma queda no número de operações e nas taxas de ocupação nas duas principais cidades do país. Segundo o Office Flashpoint da consultora imobiliária JLL, Lisboa registou uma descida de 39% para 106 negócios concluídos e o Porto recuou 18% para 50 operações.
A ocupação de escritórios em Lisboa atingiu os 142 000 metros quadrados (m2), menos 27% do que em 2019. No Porto, a descida foi de 17% face ao ano anterior, com a absorção anual a ficar nos 54 000 m2.
Lisboa “reflete de forma mais expressiva o impacto da pandemia e o aumento do teletrabalho, com muitas empresas a adiarem as suas decisões de tomada ou expansão de escritórios, especialmente quando estão em questão áreas de grande dimensão”, justifica Mariana Rosa, head of leasing markets advisory da JLL.
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Segundo a responsável, no Porto, “o comportamento ao longo da pandemia foi de maior dinâmica face a 2019, sobretudo por ser um mercado que vinha de níveis de absorção relativamente baixos e que apenas no ano passado deu o salto em termos de concretização de operações”.
Marina Rosa está otimista com as perpectivas para 2021. Como adianta, os resultados de dezembro demonstram “uma forte recuperação face ao mês anterior” em Lisboa e Porto, tendo sido realizadas “diversas operações de grande dimensão”.
Como adianta, “em dezembro, 85% a 90% da ocupação em Lisboa e no Porto foi referente à entrada de novas empresas ou à expansão de área. Este desempenho leva-nos a crer, agora que o plano de vacinação está em marcha, que as empresas possam estar mais seguras sobre o futuro dos seus espaços e retomar as suas decisões”.
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