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As operações de fusão e aquisição em Portugal passaram de cerca de 11.000 milhões de dólares (9.720 milhões de euros) até junho de 2020, para 2.000 milhões de dólares (1.768 milhões de euros) no período homólogo deste ano.
De acordo com um comunicado da Boston Consulting Group (BCG) hoje divulgado, o mercado nacional “encontra-se agora em contraciclo com o cenário global”, ao registar apenas dois mil milhões de dólares nas transações deste ano, menos 78% do que em relação ao ano anterior.
“É preciso recuar até 2014 para obter um valor de transações tão baixo (1.000 milhões de dólares)”, lê-se no comunicado.
O estudo refere ainda que após um decréscimo durante a crise da covid-19, as fusões e aquisições (F&A) “dispararam a nível global”, tanto em volume, como em valor, sendo que a expectativa é que esta tendência se mantenha, segundo o estudo da consultoria global de gestão, intitulado “Mastering the Art of Breaking Up”.
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O relatório que avalia mais de 840 mil transações indica que no ano passado, e quando comparado com o ano anterior, o valor e o volume de negócios tinham caído 13,2% e 8,3%, respetivamente.
No entanto, no primeiro semestre deste ano, verificou-se uma forte recuperação, com as transações a aumentarem 136% em valor e 32% em volume, face ao mesmo período do ano anterior, adianta.
Este ano, contudo, Portugal contraria a tendência do mercado global, depois de quase duplicar os valores transacionados em 2020 face a 2019, realça ainda o estudo.
O trabalho permitiu concluir que a recuperação económica e o aumento da confiança empresarial estão a gerar um maior dinamismo na atividade global das fusões e aquisições, sendo que Portugal não tem acompanhado esta evolução, denotando estar em contraciclo.
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