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Passo decisivo para o projeto da linha circular no Metro de Lisboa: a transportadora pública arrancou nesta quarta-feira com as obras de construção dos novos viadutos no Campo Grande, segundo anúncio feito em comunicado.
O auto de consignação foi assinado nesta quarta-feira com o agrupamentos de construtoras Teixeira Duarte – Somafel – Viadutos do Campo Grande.
Os trabalhos preveem a construção de dois novos viadutos sobre a Rua Cipriano Dourado e sobre a Av. Padre Cruz, na zona do Campo Grande, prevendo ainda a ampliação da estação do Campo Grande para Nascente.
Os trabalhos vão custar 19,497 milhões de euros, a acresce a taxa de IVA em vigor. Os trabalhos deverão estar concluídos em fevereiro de 2024 – o prazo de execução é de 698 dias.
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O contrato para a construção dos novos viadutos do Campo Grande foi assinado em 3 de novembro de 2020, seguindo-se a autorização do Tribunal de Contas em fevereiro de 2021 e posterior avaliação da Agência Portuguesa do Ambiente.
Os dois novos viadutos do Campo Grande correspondem ao lote três do plano de expansão do Metro de Lisboa. Além da linha circular, está prevista a construção das estações da Estrela e de Santos e respetiva ligação ao Cais do Sodré.
O Lote 1 – Execução dos toscos entre o término da Estação Rato e a Estação Santos -, já se encontra em execução, estando a decorrer trabalhos de escavações nas diversas frentes de obra e a adaptação do edifício da antiga farmácia do Hospital Militar da Estrela, local onde se localizará o acesso à futura estação Estrela.
No Lote 2 – projeto e construção dos toscos entre a estação Santos e o término da estação Cais do Sodré – está em conclusão o Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) relativo ao projeto deste lote, que será, depois de concluído, enviado à Agência Portuguesa do Ambiente.
Para o último lote (4) está a decorrer o concurso público relativo à Empreitada de Conceção e Construção dos Acabamentos e Sistemas no âmbito da concretização do plano de expansão – Prolongamento das Linhas Amarela e Verde – Extensão Rato-Cais do Sodré.
Assim que estiverem concluídas as obras, o Metro de Lisboa pretende que exista uma nova linha verde, a linha circular, a partir do Campo Grande. A atual linha amarela (Odivelas-Rato) passará a ser Odivelas-Telheiras.
O projeto tem gerado polémica porque o novo modelo de exploração implica transbordos para os residentes na zona norte de Lisboa: por exemplo, se quiser deslocar-se de Odivelas para o Marquês de Pombal, terá de mudar de linha na estação do Campo Grande.
A empresa argumenta que a linha circular “além de servir áreas da cidade de Lisboa anteriormente sem rede do Metropolitano de Lisboa, reforça a oferta dos atuais e potenciais utilizadores de transporte coletivo que se deslocam entre Lisboa e Cascais, na margem Norte da Área Metropolitana de Lisboa, e entre Lisboa e Almada/Seixal/Montijo, por estes concelhos disporem de ligações diretas ferroviárias e fluviais ao Cais do Sodré”.
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