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O Metro de Lisboa já pode avançar para a compra de novo material circulante e de nova sinalização. Foi levantada na quarta-feira a impugnação apresentada pelo consórcio Thales/CRRC sobre o concurso público ganho pela Stadler/Siemens Mobility para o fornecimento de 14 novas unidades triplas e de um novo sistema de sinalização ferroviária por 114,5 milhões de euros.
Só falta o visto prévio do Tribunal de Contas para que a ordem de compra possa ser executada, segundo o comunicado enviado pela transportadora esta quinta-feira.
A primeira unidade tripla (composta por três carruagens) será entregue no segundo semestre de 2022. A última unidade tripla chegará no final de 2023.
Este investimento do Metro de Lisboa fica 12,5 milhões de euros abaixo do preço base deste concurso público, de 127 milhões de euros.
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Além do fornecimento de 14 novas unidades triplas (42 carruagens), será instalado um sistema de controlo automático e contínuo nos restantes 70 comboios da frota do Metro de Lisboa e incorporadas funcionalidades de proteção automática dos comboios em toda a extensão das linhas azul, amarela e verde.
O contrato também inclui a “manutenção preventiva e corretiva de todos os equipamentos pelo prazo de três anos (extensível por mais dois anos) após a receção provisória , incluindo toda a mão-de-obra, peças sobressalentes e consumíveis”; formação técnica e fornecimento de outras peças, ferramentas e equipamentos de teste.
Segundo o Metro de Lisboa, a compra de novos comboios “vai melhorar a oferta de comboios e serviços do ML, permitindo mais conforto e acessibilidade para os clientes, bem como um sistema de comunicação com os clientes que vai permitir informação variável e flexível e sistemas de segurança e vídeo vigilância mais modernos”.
O concurso público internacional para o novo material circulante e sinalização foi lançado em setembro de 2018. Na fase final deste concurso público, a dupla Stadler/Siemens estava a concorrer com o consórcio entre os chineses da CRRC e os franceses da Thales.
Os chineses da CRRC venceram o concurso para fornecer os 18 novos comboios do Metro do Porto.
Chineses e franceses perderam o concurso e impugnaram o processo junto do tribunal administrativo de Lisboa no início de fevereiro. Nove meses depois, este consórcio desistiu da ação, o que levou à extinção do processo.
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A Stadler reforça desta forma, a sua presença em Portugal: também vai ser a fabricante dos 22 novos comboios regionais para a CP, que serão entregues a partir de 2024.
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