Os chineses da CRRC Tangsthan venceram o concurso para fornecer 18 novos veículos para o Metro do Porto. As novas unidades vão chegar a partir do segundo semestre de 2021 e vão custar 49,6 milhões de euros, menos 6,5 milhões de euros face ao orçamento inicialmente previsto, anunciou esta sexta-feira a empresa de transportes.
“A lotação dos novos “metros” será de 252 lugares, 64 dos quais sentados. Estas composições vão ter duas cabines e funcionar em modo bidireccional (como as actuais), atingindo uma velocidade máxima de 80 km/hora. Com este investimento, a frota do Metro do Porto passará a contar com 120 unidades – 72 Bombardier Eurotram, 30 Bombardier Tram-Train e os 18 novos CRRC”, refere nota publicada na página oficial do Metro do Porto.
Os novos metros “começarão previsivelmente a ser entregues entre 2021 e 2023, ao ritmo de um por mês”. A transportadora salienta que “tendo em conta o aumento da procura que o sistema tem vindo a registar de forma muito consolidada ao longo dos últimos meses, procurar-se-á contar com algumas das novas unidades – uma vez produzidas de acordo com as exigentes especificações do Metro do Porto e devidamente testadas no terreno -, durante o segundo semestre de 2021”.
A CRRC venceu no concurso a Siemens Mobility e a Skoda Transportation, que tinham chegado à fase final deste concurso público internacional, lançado a 21 de dezembro de 2018 e com um valor de referência de 56,1 milhões de euros.
Além de responder ao aumento da procura, os novos veículos também vão ajudar o Metro do Porto no alargamento da rede, que “terá uma nova linha no Porto – entre S. Bento e a Casa da Música, a Linha Rosa -, e que verá a Linha Amarela prolongada a sul, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia. As empreitadas para as novas linhas devem arrancar em breve, sendo que as obras de construção vão decorrer até 2023”.
Assim que todos os veículos chineses chegaram, o parque de material circulante do Metro do Porto vai passar a contar com 120 unidades: além dos 18 CRRC, há 72 Bombardier Eurotram e 30 Bombardier Tram-Train.
Para 2019, a empresa espera uma procura global superior a 70 milhões de utentes, mais 13% face a 2018, muito por culpa da introdução do programa PART, de apoio à redução do preço dos passes nos transportes públicos.
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