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O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, fixou hoje os 150 milhões de validações anuais como objetivo para a empresa até ao final da década, durante a cerimónia de apresentação das novas linhas, que decorreu em Gondomar.
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“Podemos ter a ambição, e devemos ter a ambição, de transportar, no final desta década, cerca de 150 milhões de clientes [por ano]. Esta ambição significa multiplicar por três o número de passageiros que a Metro do Porto servia em 2015”, disse hoje Tiago Braga na cerimónia de apresentação da extensão da rede da Metro do Porto.
Em causa estão as linhas ISMAI – Muro – Trofa (metro até Muro e ‘metrobus’ até Paradela), Gondomar II (Dragão – Souto), Maia II (Roberto Frias – Parque Maia – Aeroporto) e São Mamede (IPO – Estádio do Mar), que foram apresentadas no Auditório Municipal de Gondomar, no distrito do Porto, na presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e dos autarcas da região.
“Este exercício de planeamento designámos por Metro 3.0, encontra-se alinhado com as expectativas que os 80 milhões de clientes que a Metro do Porto estima transportar durante o ano de 2023, mais de 10% acima do valor recorde atingido em 2019, antes da covid”, adiantou também Tiago Braga.
De acordo com o presidente da Metro do Porto, a extensão da rede tem “fundamentos distintos da primeira fase da Metro, privilegiando hoje uma lógica mais circular, mais em anel, com uma estrutura verdadeiramente em rede”.
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O objetivo da Metro do Porto é ter “condições para competir com uma sociedade com uma grande apetência pelo transporte individual”, que “ainda é utilizado por cerca de 75% dos cidadãos da Área Metropolitana do Porto”.
Tiago Braga frisou que os novos investimentos permitirão “mitigar um dos problemas mais graves com que as cidades se confrontam atualmente, que é o congestionamento”.
“Estas oito operações [as quatro novas linhas, o ‘metrobus’ da Boavista as Linhas Rosa e Rubi e a extensão da Linha Amarela], que entrarão ao serviço de uma por ano até ao final da década só serão importantes porque significam uma redução potencial de mais de 100 mil toneladas de CO2”, frisou ainda o responsável da empresa.
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, frisou que é necessário “acelerar, e é muito importante a Metro do Porto dar este sinal”, já que “transportes coletivos mais acessíveis e de maior qualidade são uma necessidade imperiosa” para avançar nos objetivos da descarbonização.
“Precisamos de alargar o recurso a veículos sem emissões, à utilização de bicicletas, ou aumentar a deslocação a pé, porque sabemos que nós temos que promover todo o tipo de deslocações que descarbonizem a mobilidade”, defendeu o ministro.
Duarte Cordeiro frisou que as estimativas da Metro do Porto “indicam que as novas linhas vão transportar mais 24 milhões de passageiros [anuais]”.
Já o anfitrião da sessão, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, destacou que “Gondomar era o único município do primeiro anel da área metropolitana que não tinha metro na sua sede, um erro da primeira fase”.
“Gondomar ainda é hoje o município da área metropolitana com a maior taxa de mobilidade pendular diária, de onde mais pessoas saem para trabalhar e estudar” para o Grande Porto, lembrou o autarca.
Marco Martins disse que a linha de Gondomar “será a linha dourada” da rede, manifestando-se ainda com “sentimento de dever cumprido”.
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