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Existe há 11 anos, tem mais de três centenas de lojas abertas e conseguiu uma faturação de 175 milhões de euros em 2021. A cadeia de supermercados Meu Super – a rede de franchisados da Sonae MC – tem um novo diretor-geral que, em declarações ao Dinheiro Vivo, contou que a insígnia quer abrir mais 134 espaços até 2025.
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João Melo está na Sonae há 37 anos e começou a sua carreira com a inauguração do primeiro hipermercado em Portugal, o Continente de Matosinhos, em 1985. Nestas mais de três décadas assumiu vários cargos e pretende agora proporcionar ao formato Meu Super “uma qualidade do ponto de venda, de operação de loja, de produtos frescos e do serviço, na linha do melhor que a Modelo Continente consegue fazer”, revela. “Vou dar continuidade a tudo o que foi aportado pela Modelo Continente – os conhecimentos de operação de loja, da logística, dos clientes e de todos os processos de mercadorias”, declara.
João Melo explica que a marca Meu Super pretende chegar aos lugares onde o comércio de retalho moderno tem de chegar, de forma a dar mais opções de escolha e compra aos clientes que vivem em zonas do país onde não existem supermercados Continente.
“Estes clientes têm o direito de aceder a equipamentos de retalho alimentar de qualidade, estruturados e com a oferta de variedade na linha do que se encontra noutros lugares. Permite que os clientes possam aceder a uma marca de confiança dos portugueses, os produtos Continente, e é a única forma de serem disponibilizados em lugares onde não estamos com lojas próprias”, reforça o responsável.
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Proximidade é chave
É a aposta na proximidade às populações que ajuda a que nasçam mais espaços Meu Super. Como explica João Melo, “há muito retalho, que ocupa a grande mancha da área comercial do país, mas é importante que não tenhamos de nos deslocar a distâncias não aceitáveis para podermos fazer compras dos produtos do dia-a-dia. Por isso, fazendo um zoom nas nossas cidades, vilas e aldeias, conseguimos perceber que existem possibilidades de nos instalarmos”.
Os supermercados Meu Super vendem, na generalidade, produtos Continente, distinguindo-se assim de outros supermercados. Mas não só. “O Meu Super destaca-se em relação à concorrência porque o Continente permite, com a sua equipa, que os parceiros destas lojas consigam ter suporte, know-how, sistemas de informação, de logística, de abastecimento, de marketing e de treino e desenvolvimento. Isso é tudo aquilo que a Modelo Continente aporta, mas neste conjunto também está um sortido de mercadorias que o parceiro entenda comprar à Sonae”, frisa João Melo, apontando que o Meu Super é a única cadeia que disponibiliza a marca Continente aos clientes.
O apoio que a equipa do Continente fornece aos franchisados é um fator que faz a diferença. “Se no Continente temos o know-how e capacidade de fazer comércio a retalho que nos dá uma liderança e um reconhecimento, então, estamos em excelentes condições para entregar aos nossos parceiros muito daquilo que angariámos da nossa experiência. E temos planos fortíssimos para desenvolver competências, sempre num registo de serviço ao franqueado, de apoio ao ponto de venda, de trabalhar continuamente na sua qualificação e na sua comunicação enquanto ponto de venda”, garante o diretor-geral Meu Super.
João Melo sublinha, também, o empenho da casa-mãe em ajudar os seus franchisados a conseguirem levar os seus negócios a bom porto. “Da nossa parte, enquanto empresa que promove esta possibilidade, estamos em condições de fazer crescer a faturação do negócio Meu Super, se os franqueados continuarem muito bem focados, como até aqui, na sua atividade. As condições estão criadas para que o Meu Super continue a evoluir. Se todos fizermos a nossa parte com muito entusiasmo e muita ambição, o Meu Super irá crescer muito bem”.
Desafio da guerra
No entanto, existe uma guerra que obriga a uma atenção redobrada no que à eficiência e ao desperdício diz respeito. Como refere João Melo, todos os componentes que integram a produção dos animais que nos servem de alimento, dos cereais e tudo o que daí resulta, estão com preços indesejáveis. Também os preços da energia estão muito elevados, o que provoca um aumento de custos muito considerável.
João Melo considera que é necessário criar condições para que as pessoas comprem bem, com satisfação e que se sintam bem defendidas pela sua loja. Embora garanta que o trabalho para ter sempre a melhor proposta de serviço e preço nas lojas Meu Super vai continuar, admite que não é fácil operar neste cenário. “Tendo em conta que os preços (dos produtos) sobem por todas aquelas razões, é um desafio muito grande gerir este contexto tão adverso”.
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