//Mexia sobre a OPA: “Os passos estão a ser dados”

Mexia sobre a OPA: “Os passos estão a ser dados”

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o grupo EDP, lançada há quase um ano pelo seu acionista principal, a China Three Gorges, está a avançar e estão a ser seguidos “todos os passos necessários e obrigatórios”, disse António Mexia, presidente executivo da elétrica.

Mas o gestor escusou-se a apontar prazos para o fim da Oferta, tenha ou não sucesso.

A OPA tem diversas condições para poder ser bem-sucedida e enfrenta vários obstáculos regulatórios e de concorrência nos diversos mercados onde a EDP está presente, incluindo Estados Unidos, Portugal e a União Europeia.

“Os passos estão a ser dados. Este trabalho administrativo é mais complexo e mais longo do que alguma das partes imaginava”, afirmou o gestor, esta terça-feira, na conferência de imprensa, em Londres, após a apresentação da visão estratégica do grupo para 2019-2022.

Questionado sobre se o plano estratégico – que inclui reforço de posição nas renováveis, nomeadamente nos Estados Unidos e na Europa – não choca com a OPA, Mexia negou. Segundo o gestor, o grupo tem de ter a sua estratégia, independentemente de estar sob uma Oferta de compra.

“Isto (plano estratégico) é compatível com a existência de uma Oferta. Todas as medidas, em qualquer dos cenários, criam valor”, adiantou.

Lembrou que o plano foi ontem aprovado pelo conselho geral e de supervisão da EDP por unanimidade.

A CTG, que detém 23,27% da EDP, anunciou o lançamento de uma OPA sobre o grupo, em maio de 2018. Oferece 3,26 euros por cada ação da elétrica. A estatal chinesa CNIC também é acionista da EDP, detendo 4,98% da EDP.

A ser aprovada pelos reguladores, a Oferta irá implicar eventuais medidas – ‘remédios’ – dado o poder de mercado significativo da EDP em vários segmentos do setor da energia.

  • * A jornalista viajou a Londres a convite da EDP.

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