//Mexida nas portagens: Elétricos e híbridos plug-in 4×4 vão para classe 1

Mexida nas portagens: Elétricos e híbridos plug-in 4×4 vão para classe 1

Os veículos elétricos e híbridos plug-in com tração integral vão passar para a classe 1 das portagens nos próximos 30 dias. A alteração às classes de veículos foi publicada em Diário da República nesta sexta-feira e serve para os automóveis que ficam com tração às quatro rodas quando é acionado o motor elétrico sem intervenção do condutor.

Até agora, a classe 1 das portagens excluía veículos com tração às quatro rodas, mesmo que tivessem “altura, medida à vertical do primeiro eixo do veículo, igual ou superior a 1,1 metros e inferior a 1,3 metros”. Esses carros integravam a classe 2, onde estão, por exemplo, os veículos todo-o-terreno.

“Considerando que estas tipologias de veículos são menos poluentes e energeticamente mais eficientes e que, tendencial e progressivamente, virão mesmo a substituir os veículos com motores de combustão interna e tração mecânica, não faz sentido que sejam negativamente discriminados na possibilidade de reclassificação na classe 1 de portagens”, justifica o Governo no decreto-lei publicado nesta sexta-feira.

O mesmo documento explica ainda que “a aplicação de um motor elétrico no eixo traseiro dos veículos híbridos ou nos dois eixos de um veículo totalmente elétrico não tem como objetivo transformar o veículo num modelo 4 x 4, na aceção tradicional de veículo todo o terreno, mas apenas melhorar a sua performance ambiental, numa ótica de otimização de consumos, e garantir maior segurança na circulação do veículo, em determinadas circunstâncias”.

O Governo adianta ainda que “à data, estão matriculados em Portugal mais de 150 000 veículos híbridos e elétricos, dos quais cerca de 42 000 são integralmente elétricos”.

A anterior revisão da classe das portagens teve efeitos a 1 de janeiro de 2019. Na altura, a classe 1 passou a integrar todos os automóveis ligeiros que tenham uma altura de até 1,30 metros no eixo da frente, mais 20 centímetros do que acontecia até ao final de 2018. Esta alteração beneficiou sobretudo os veículos utilitários desportivos (SUV) mais altos, que pagavam classe 2 nas portagens e que depois passaram para a classificação mais baixa.