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O chef Chakall é um dos “amigos” da Microcrete, empresa especializada na produção e comercialização de microcimento. Este produto já foi aplicado no pavimento, nas paredes da cozinha, casas de banho e quartos da casa do reconhecido cozinheiro argentino. E foi em Nogueira da Regedoura, Santa Maria da Feira, que foi criado o microcimento ardósia que Chakall utiliza para escrever a giz nos seus programas culinários que passam na televisão.
Segundo Sérgio Vasconcelos, CEO da empresa, este material tem uma grande versatilidade de aplicações em obras de reabilitação e, se inicialmente, o foco estava nos arquitetos, designers e outros profissionais da construção, a pandemia conduziu o gestor a apostar também no movimento DIY (do it yourself ou, em português, faça você mesmo).
“Qualquer pessoa que goste de reparar e recuperar peças antigas ou em desuso, fazer intervenções dentro e fora de casa, pode facilmente trabalhar com o microcimento. É uma questão de meter as mãos à obra”, diz Sérgio Vasconcelos. E, como experiência formativa não faltava à Microcrete, que até já foi premiada neste capítulo, decidiu lançar ações de formação online para os aficionados do DIY.
Como conta o gestor, a Microcrete já promovia cursos de formação “para explicar o conceito e as boas práticas de aplicação de microcimento a todos os profissionais do setor da construção civil, arquitetos, designers, decoradores, engenheiros, pedreiros, estucadores, pintores, entre outros”. Com a pandemia, “criámos os workshops online, para todos aqueles que querem trabalhar com o microcimento e para alimentar a cultura DIY”. E não se ficou por aqui. Lançou também os Workshops Teams para empresas que querem ter uma formação mais profunda sobre a aplicação deste produto.
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A vertente formativa da Microcrete, que contempla faculdades de Arquitetura, Design, escolas técnico profissionais, empresas e associações profissionais do setor da construção, já lhe valeu o Prémio Academia da Tektónica.
Múltiplos usos
O microcimento é um material usado como revestimento de acabamento, com aplicação em paredes, pavimentos, tetos e até móveis. Segundo o fundador da empresa, o produto pode ser colocado diretamente sobre cerâmica, pedra natural, madeira, vidro, gesso cartonado, metal, entre outros revestimentos, o que configura uma vantagem sobre o cimento tradicional e permite ganhar tempo e poupar na mão-de-obra. O produto “tem uma tecnologia que o torna super aderente e pode ser aplicado sobre grandes áreas que não fissura”, assegura o responsável.
Sérgio Vasconcelos sublinha que este material permite obter “uma beleza estética que o enquadra em vários estilos arquitetónicos desde o minimalista, pós-moderno ou clássico, conferindo-lhe uma plasticidade única ao gosto dos melhores arquitetos e designers”. Para assegurar essa resposta, a Microcrete disponibiliza ainda um leque variado de cores de microcimento. “Neste momento, temos 42 cores de catálogo e mais 50 cores de autor afinadas a pedido de clientes.”
No seu portfólio, a empresa do Norte ostenta também o produto Mliner, um microcimento em rolo que é aplicado como um papel de parede e que pode ser utilizado em fachadas e zonas húmidas. Este material valeu-lhe já o Prémio Produto Inovação da Tektónica.
A Microcrete, que fabrica cerca de 80 toneladas de microcimento por ano, prevê faturar neste ano 1,1 milhões de euros, depois de em 2020 ter visto as vendas caírem quase 30% para 778 mil euros.
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