//Miguel Santos Garcia: “Os próximos meses serão férteis em novidades”

Miguel Santos Garcia: “Os próximos meses serão férteis em novidades”

Miguel Santos Garcia é fundador de várias empresas em diversos setores. Admite que a paySimplex é o mais desafiante, pelos desafios que traz.

Como foi o crescimento da paySimplex em pandemia?

A paySimplex tem duas áreas distintas de crescimento, o número de localidades onde o pagamento de estacionamento está presente e o número de utilizadores. Durante a maior parte da pandemia, o pagamento de estacionamento esteve suspenso; e quando a obrigatoriedade era reposta, ninguém pagava. Recordemos que o número de condutores no ativo diminuiu abruptamente, as estradas solitárias – apenas quem assegurava serviços mínimos se deslocava. Havendo poucos condutores efetivos, reflete-se nos pagadores. Por outro lado, com tanto estacionamento vago, passou a ser difícil justificar a multa, pelo que a fiscalização abrandou e, consequentemente, o pagamento de estacionamentos. Existiu assim, quando o pagamento se tornava obrigatório, um duplo fator inibidor, quer pela motivação em pagar quer pela “punição” responsável por essa mesma motivação. Durante a pandemia houve uma suspensão e um enorme decréscimo em todas as localidades. A paySimplex sofreu enormemente com a pandemia pois deixou de ter receitas em virtude de receber apenas uma comissão mínima pelos valores pagos ou processados. E claro, o crescimento foi nulo em novas localidades e em novos utilizadores, o que foi acompanhado por uma substancial redução no número de pagamentos.

A covid também fez adiar planos de expansão?

A covid afetou-nos de forma significativa e criou elevados níveis de incerteza. Mas com a paralisação do pagamento de estacionamentos, aproveitámos para nos focar em desenvolver um novo paySimplex, desenhado e criado de raiz. Todos os demais projetos ficaram congelados até final de 2021 e agora tivemos uma entrada fulgurante de ideias e retomámos projetos suspensos.

Para que países/cidades estão a olhar?

O novo paySimplex foi idealizado com o objetivo da internacionalização, pelo que estamos agora mais bem preparados para esse processo do que alguma vez estivemos. Estamos a ultimar detalhes para o lançarmos em Madrid, Espanha.

E qual é o objetivo de faturação e clientes para este ano?

O principal objetivo é alargar a nossa cobertura em Portugal em termos de localidades, mas também crescer em utilizadores, dar início ao processo de expansão internacional e introduzir novas funcionalidades que nos garantirão mais e melhores vantagens competitivas. Nos próximos dias deveremos anunciar duas novas localidades onde o paySimplex estará presente, fruto dos novos serviços desenvolvidos neste ano.

Nova tecnologia a caminho?

Sim, temos novidades muito impactantes e relevantes para todos os interessados, quer para os clientes quer para os utilizadores, na área dos pagamentos e em outros novos serviços. Uma das novas funcionalidades que anunciaremos em breve é algo verdadeiramente disruptivo e que terá enorme impacto em Portugal. Os próximos meses serão interessantes e férteis em novidades…