//Montepio: Eugénio Rosa defende garantia de Estado para “limpar” banco de créditos “tóxicos”

Montepio: Eugénio Rosa defende garantia de Estado para “limpar” banco de créditos “tóxicos”

O candidato à presidência da Associação Mutualista Montepio Eugénio Rosa considera que o banco é o problema da mutualista e defende que o grupo recorra a garantia estatal para financiar a solução que “limparia” o banco dos créditos “tóxicos”.

Em entrevista à Lusa, o candidato da lista C nas eleições de 17 de dezembro para os órgãos associativos da mutualista considera que “o problema da Associação Mutualista está no banco” e que a situação se está a agravar e que o que tem sido feito de “despedir trabalhadores e fechar agências não resolve o problema”, aliás, “agrava porque o banco perde crédito e perde quota de mercado”, ficando com menos meios para se recuperar.

Para resolver o problema, defende a imediata substituição da administração do banco Montepio (liderada por Carlos Tavares e Pedro Leitão) e a redução do número de administradores, considerando desproporcionado para a dimensão do banco.

Depois, para Eugénio Rosa o banco Montepio precisa de uma solução que retire do seu balanço cerca de 1.200 milhões de euros em créditos problemáticos e os passe para outra empresa do grupo, de modo a melhorar os rácios de capital e ficar com capacidade de conceder crédito. Atualmente, diz, o Montepio está mesmo de recusar alguns créditos mais elevados pois penalizariam esses indicadores.

Contudo, acrescenta, para retirar esses ativos (uma vez que só parte deles tem já imparidades constituídas) a mutualista precisa de entregar dinheiro ao banco, mas não tem meios suficientes. Para isso, Eugénio Rosa propõe que a mutualista emita dívida e que essa tenha garantia de Estado.

“Precisamos de pedir apoio do Estado para a Associação Mutualista poder ir ao mercado. Se não tiver garantia de Estado as taxas serão insustentáveis (11, 12, 13%). Depois é pegar neste banco e vendê-lo, mas sem pressa para não ser a saldo, e com esse dinheiro pagar o empréstimo”, disse.