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O empresário Alberto Dionísio Ribeiro Gomes da Silva, proprietário da Couto S.A. e sobrinho do criador da pasta medicinal Couto, morreu neste domingo aos 85 anos, anunciou a Fundação Couto, da qual é fundador.
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“Perdemos hoje um amigo de longa data, com quem tivemos o privilégio de partilhar sucessos e insucessos desta instituição, sempre em prol dos interesses das crianças e na sua boa máxima e ideário de “Aprender com alegria para crescer com sabedoria”. Sempre serviu toda a comunidade de Vila Nova de Gaia e Porto com distinção e honra, imbuído de valores humanistas, de uma visão progressista e de um forte dever cívico”, lê-se num comunicado partilhado hoje nas contas da Fundação Couto, estrutura com estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social, nas redes sociais Facebook e Instagram.
A morte de Alberto Dionísio Ribeiro Gomes da Silva, “proprietário da Couto S.A. (a famosa pasta medicinal Couto) e fundador da Fundação Couto, com vasto e reconhecido trabalho social em Vila Nova de Gaia”, foi também divulgada pela agência funerária Servilusa, em comunicado. O empresário estava em recuperação após sucessivos acidentes vasculares cerebrais no último ano.
As origens da Couto S.A. remontam a 1918. Nesse ano surgiu, no Porto, a Flores e Couto, que em 1932 viria a chamar-se Couto, Lda., cuja administração ficaria a cargo de Alberto Ferreira do Couto, tio de Alberto Dionísio Gomes da Silva.
Alberto Ferreira do Couto criou, em 1932 e com a colaboração de um dentista, a pasta medicinal Couto.
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Em 1974, após a morte do tio, Alberto Dionísio Gomes da Silva assumiria a administração da empresa, responsável também por produtos como o restaurador Olex.
Em 2012, Alberto Dionísio Gomes da Silva avançava à Lusa as intenções de vender a empresa até 2017, mas a história da centenária marca portuguesa acabou por ser agitada por um casamento.
Alberto e Alexandra Matos, gestora empresarial, deram o nó e a empresa manteve-se nas mãos da família Couto, com um novo fôlego de expansão dos negócios e que se traduziu em aumentos de vendas de 20% ao ano, como revelou o administrador à Lusa em 2019.
O crescimento de vendas, que atingiu um volume de negócios de um milhão de euros em 2018, deveu-se ao investimento na criação de novos produtos de beleza com “design” retro, mas também ao turismo, justificou na altura a diretora comercial.
Espanha, França, Itália, Alemanha, Suíça, Áustria, EUA e Coreia são os principais destinos dos produtos Couto, feitos num laboratório fiel “à tradição” e “antigas receitas”.
De acordo com a Servilusa, o corpo de Alberto Dionísio Gomes da Silva estará em câmara ardente na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto, entre as 14:00 e as 20:00 de segunda-feira. O funeral está marcado para terça-feira, às 10:15 no mesmo local, seguindo para o crematório anexo.
A funerária refere ainda que está marcada uma missa de sétimo dia para sábado, 12 de maio, na mesma igreja do Porto.
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