A Mota-Engil faz parte do consórcio que ganhou um concurso público internacional para construir uma extensão de 2,2 quilómetros no metro da Cidade do Panamá. Numa nota divulgada esta quinta-feira, o grupo revela que o contrato está avaliado em 159 milhões de euros. A Mota-Engil detém 49% do consórcio, que é constituído também pela empresa espanhola OHL.
A obra, a primeira do grupo no Panamá, tem um prazo de execução previsto de 33 meses e inclui a construção de uma estação com capacidade para mais de 10 mil passageiros, um ponto de ligação a autocarros e um parque de estacionamento para 800 carros.
Além do contrato no Panamá, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins reforçou a presença noutros mercados da América Latina, ao garantir novos projetos no Brasil e no Peru.
No Brasil, o grupo ganhou contratos avaliados em 40 milhões de euros. Uma parte destas obras pertence à Petrobras, com a qual a Mota-Engil já tinha assinado dois contratos para a construção de plataformas petrolíferas no ano passado.
Também no Brasil, a empresa garantiu um contrato para a prestação de serviços de limpeza urbana em São Paulo. A adjudicação foi feita à subsidiária da Mota-Engil para a área do ambiente, a CONSITA, em consórcio com duas empresas locais. O contrato é válido por cinco anos e vale 144 milhões de euros. A mesma empresa celebrou outros contratos mais pequenos, no valor total de 36 milhões de euros.
O grupo garantiu ainda novos contratos estimados em 40 milhões de euros no Peru, onde já detém uma parte significativa do mercado de infraestruturas, com destaque para o setor mineiro.
Na mesma nota, a Mota-Engil sublinha que continua a apostar na diversificação do negócio, sendo disso exemplo um projeto turístico no México do qual o grupo é um dos promotores. O complexo Costa Canuva terá “um vasto conjunto de residências e hotéis, um campo de golfe e uma marina”. Já garantida pela Mota-Engil está a construção dos hotéis Ritz Carlton Reserve e do Hotel Fairmont.
A carteira de encomendas do grupo ultrapassa atualmente os 5,2 mil milhões de euros. Em Portugal, no primeiro semestre de 2019, a empresa angariou obras avaliadas em 175 milhões de euros, tendo “perspetivas de crescimento ainda mais evidentes a partir de 2020, através da retoma do investimento público, e em projetos de infraestruturas relevantes para o reforço da rede transeuropeia de transportes”.
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