//Navigator com lucros de 31 milhões no terceiro trimestre

Navigator com lucros de 31 milhões no terceiro trimestre

A atividade da The Navigator Company recuperou entre julho e setembro em comparação com o segundo trimestre do ano. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a fabricante de pasta e papel anuncia um aumento das vendas em 20% no 3º trimestre face aos três meses anteriores, fortemente atingidos pela pandemia de covid-19, para 348 milhões de euros. Trata-se, contudo, de uma quebra de 17% em relação ao período homólogo de 2019.

Os resultados líquidos atingiram 31 milhões de euros, um crescimento de 133% em relação ao trimestre anterior, mas uma quebra de 41% face ao mesmo período de 2019.

Fazendo as contas aos primeiros nove meses do ano, a empresa lucrou 75,2 milhões de euros, uma quebra de 49% em termos homólogos. O volume de negócios ascendeu a 1044 milhões (menos 18%) e o ebitda a 210 milhões (menos 30%).

A empresa cotada do PSI-20 adianta que o 3º trimestre fica “marcado pela retoma dos ritmos de produção de papel e de pasta. Todas as máquinas de UWF do grupo estão a trabalhar em ritmo máximo desde o início do trimestre, verificando-se uma recuperação progressiva da procura face à situação verificada no 2º trimestre”. Por causa da pandemia, e pela primeira vez na sua história, a produtora nacional de pasta e papel teve de parar as máquinas durante o confinamento.

A vendas de papel aumentaram 45% face ao três meses anteriores, quando se verificou o confinamento, tendo caído 7% em comparação com o mesmo período de 2019. A comercialização de pasta cresceu 14% (menos 5% em termos homólogos) e a venda de tissue aumentou 5% face ao 2º trimestre e 2% em relação ao 3º trimestre do ano passado. A empresa sublinha ainda a subida do ebitda (70 milhões de euros, mais 36% em relação ao 2º trimestre e menos 25% face ao período homólogo). E a geração de free cash flow , que atingiu no trimestre 56 milhões de euros (contra 99 milhões no 2º T e 25 milhões nos mesmos meses do ano passado).

O papel de impressão e escrita (UWF) foi o segmento que registou uma recuperação mais “consistente” depois de uma queda do consumo no pico da pandemia. “Depois das fortes quedas verificadas em abril, a entrada de encomendas de papel na indústria europeia tem vindo a recuperar de forma clara e contínua, sendo a recuperação do papel UWF a mais sólida entre os diversos tipos de papéis”, adianta a empresa. Na Europa as encomendas neste terceiro trimestre recuperaram para 90% do nível existente no mesmo período de 2019.