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Até 2030 a Nescafé quer ajudar a tornar a cultura do seu café mais sustentável. Ao todo, a marca suíça, que pertence à Nestlé, vai investir cerca de mil milhões de francos suíços (aproximadamente 1.024.580.000 euros) para reforçar o plano de sustentabilidade que a empresa já tem implementado e, ainda, expandir o seu trabalho neste setor.
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Philipp Navratil, responsável pela Unidade de Negócios Estratégicos de Café da Nestlé, explicou numa conferência online, que o plano para a próxima década inclui incentivos humanitários, para cerca de 200 mil produtores em sete países (Brasil, México, Indonésia, Colômbia, Vietname, Costa do Marfim e Honduras) de 90% do café da marca, de forma a assegurar a sua subsistência, assim como a sustentabilidade do café, a longo prazo.
“Como marca de café líder mundial, Nescafé ambiciona ter um impacto real e global na produção de café”, afirmou Philipp Navratil. “Queremos que os cafeicultores prosperem tanto quanto queremos que o café tenha um impacto positivo no meio ambiente. As nossas ações podem ajudar a impulsionar mudanças neste sentido em toda a indústria do café.”
Como foi explicado no decorrer da conferência, até 2050, o aumento da temperatura vai causar a redução de 50% da área dedicada ao cultivo de café. Sendo que são cerca de 125 milhões as pessoas que dependem desta agricultura e que 80% destas famílias vivem no limiar da pobreza ou abaixo deste (de acordo com dados da TechnoServe), é imperativo que existam medidas que garantam a sustentabilidade do café, a longo prazo.
David Rennie, head of Nestlé Coffee Brands, alerta. “As alterações climáticas estão a pressionar as zonas de cultivo de café. Com base nos 10 anos de experiência do Nescafé Plan, estamos a acelerar o nosso trabalho para ajudar a combater as alterações climáticas e enfrentar os desafios sociais e económicos que se colocam às cadeias de valor de Nescafé”.
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Assim, o Nescafé Plan 2030 prevê apoiar a transição dos agricultores para uma cultura de café regenerativa, de forma a melhorar a saúde e a fertilidade dos solos, bem como proteger os recursos hídricos e a biodiversidade.
A marca compromete-se a apoiar esta transição prestando formação específica, assistência técnica e fornecendo mudas de café de alto rendimento.
Até 2025 a Nestlé quer que 20% do seu café que adquira seja proveniente de práticas agrícolas regenerativas e, até 2030, pretende alcançar os 50%. Também daqui por dois anos, a empresa quer conseguir café que seja 100% de origem responsável.
Enquanto decorre a implementação – e no decurso – destes programas, a Nescafé garante que vai acompanhar o seu progresso e avaliar os resultados, em conjunto com os produtores de café.
Estes esforços serão complementados pela realização de novas parcerias para investigação especializada, como por exemplo com a Sustainable Food Lab, para tópicos relacionados com a avaliação dos rendimentos dos cafeicultores e com a estratégia e monitorização do progresso do projeto, explica a empresa, em comunicado.
E, compromete-se ainda a reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa até 2030 e atingir zero emissões gases de efeito de estufa até 2050. Neste sentido, vai ajudar os agricultores plantar mais de 20 milhões de árvores nos seus terrenos de café ou perto dos mesmos.
Por parte da empresa em território nacional, a business executive officer Nestlé Coffee Portugal, demonstra o seu apreço pelo plano. “É com orgulho que em Portugal – um mercado especializado em café – temos a marca líder mundial Nescafé”, afirma Teresa Mendes. “Na génese desta marca está um caminho constante de criação e de partilha de valor com as comunidades produtoras de café e em cada chávena de Nescafé, os consumidores encontram apenas café e ingredientes de origens responsáveis. Aí reside um dos segredos desta nossa marca e uma alavanca do seu sucesso que queremos continuar a reforçar.”
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