//Nokia é a única a garantir atualizações de software em toda a faixa de preços

Nokia é a única a garantir atualizações de software em toda a faixa de preços

Em 2017, os smartphones da Nokia chegavam ao mercado português através da HMD Global, que deu um novo fôlego ao legado da conhecida marca. Luís Peixe, country manager da HMD Global para Portugal e Espanha, reconhece que “a Nokia continua a funcionar muito bem com os consumidores portugueses”, mas que a associação dos telefones ao sistema operativo Android ainda não é óbvia para todos os consumidores.

“As pessoas associam muito a marca a produtos de qualidade – e isso é algo que temos tentado garantir – mas no início houve o desafio de passar a mensagem de que a Nokia agora é Android. Acho que ainda hoje não está bem presente, de uma forma generalizada, que estamos com o Android”, explica o responsável da HMD para a região ibérica.

Embora não revele dados concretos de vendas para o mercado português, Luís Peixe indica que a operação portuguesa “corre de acordo com o previsto” e que a organização está “satisfeita com aquilo que está a acontecer em Portugal”, com particular destaque para o “segmento dos 200 euros” e a área dos feature phones (telefones com características mais simples e mais baratos).

Os smartphones com a chancela Nokia recorrem a um Android ligeiramente diferente do sistema operativo da Google, chamado Android One, descrito como um Android ‘limpo’. Luís Peixe reconhece que nem sempre é fácil transmitir essa nuance ao mercado, mas que esta aposta deve ser vista pelo consumidor como uma característica diferenciadora no processo de compra. “As atualizações fazem parte da nossa garantia ao consumidor, todos os nossos telefones que são Android One vão ter pelo menos as duas próximas versões do Android”. Para Luís Peixe, a disponibilização destas atualizações “faz parte da estratégia de marca e também aquilo que é a diferenciação” da Nokia nas mãos da HMD Global.

Luis Peixe, HMD Global

Luís Peixe, country manager para Portugal e Espanha da HMD Global.

Luís Peixe descreve o mercado mobile como “extremamente concorrencial”, onde a inovação está muito ligada às características do smartphone. “Trabalhamos no hardware, mas vemos muita da inovação chegar também pelo lado do software”.

Com este cenário em mente, defende que a disponibilidade de atualizações no futuro começa a ganhar algum peso na hora da compra. “Deixamos de falar de um produto que será sempre igual para o resto da vida e passamos a falar mais de um ciclo de vida do produto: se hoje estamos a comprar um telefone, temos a garantia de que ainda há hipótese de melhorar”.

Ainda assim, explica que o consumidor assume “um bocadinho que as atualizações estão garantidas, que vão chegar – mas às vezes não chegam para todos”, com diferenças entre faixas de preço. “Neste momento, somos a única marca que faz isto de uma forma transversal, desde o Nokia 2.2, de 129 euros, até ao Nokia 9 [de 700 euros] – é garantido em todas as gamas”.

Mas a disponibilização de atualizações não se prende só com estratégia de mercado – também tem em conta a área da segurança dos dispositivos, uma preocupação crescente. “A nossa perspetiva é que, tendo as atualizações mais recentes instaladas, o telefone é perfeitamente seguro”.

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