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A nova interligação elétrica que vai unir Portugal e Espanha deu um novo passo e está mais perto de avançar. O governo espanhol deu parecer favorável à declaração de impacto ambiental do projeto que implica um investimento de 55 milhões de euros e vai gerar poupanças anuais para o sistema elétrico ibérico estimadas em cerca de 22 milhões de euros.
A luz verde obtida pelo Ministério para a Transição Ecológica espanhol foi anunciada esta terça-feira pela Rede Elétrica de Espanha. Em comunicado, a empresa espanhola recorda que esta interligação vai permitir aumentar a capacidade de intercâmbio de eletricidade em cerca de 1.000 megawatts (MW), até um total de 4.200 MW de Espanha para Portugal, e de 3.500 MW de Portugal para Espanha.
Esta nova infraestrutura, que obteve o selo de projeto de interesse comum pela Comissão Europeia, ou seja, foi considerado prioritário, vai ainda permitir aumentar a utilização e integração de energias renováveis (239 GWh/ano).
De acordo também com os responsáveis pelo projeto em Portugal (REN), já foi estabelecido o ponto de ligação transfronteiriça entre os municípios de Arbo (Pontevedra) e Monção (Viana do Castelo, lê-se no mesmo comunicado. Desta forma, a nova infraestrutura ligará os sistemas elétricos de Espanha e Portugal através das províncias de Ourense e Pontevedra em Espanha e do distrito de Viana do Castelo em Portugal.
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O projeto contempla a construção do lado espanhol das subestações Bearíz com 400 quilovolts (kV) e Fontefría (400/220 kV), duas novas linhas de 400 kV, uma ligação entre as duas subestações com 30 km de extensão e a linha de interligação entre Fontefría e a fronteira com Portugal com aproximadamente 21,7 km. Já o “troço português, com uma extensão aproximada de 66 km, continua desde o posto fronteiriço até à subestação de Ponte de Lima”, detalha a empresa espanhola que tinha incluído esta infraestrutura na lista dos planos para a rede de transporte de eletricidade para o horizonte 2021-2026.
Quanto ao arranque da construção, a Red Eléctrica informa que vai continuar a trabalhar “com as entidades competentes para obter as autorizações e alvarás administrativos pendentes, obrigatórios para o início das obras”, não se comprometendo com prazos.
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