A Novartis está a recrutar jovens para integrarem o Expedition, o seu programa de trainees. Nesta, que é a 2.ª edição, a farmacêutica está a aceitar candidaturas até 25 de setembro. O programa terá início em janeiro do próximo ano e vai durar 12 meses.
O Expedition Novartis destina-se a jovens com mestrado integrado concluído ou em fase de conclusão nas áreas de Ciências Farmacêuticas, Engenharia Biomédica, Medicina, Engenharia e Gestão Industrial, Engenharia Mecânica, Engenharia Física, Marketing, Economia, Matemática, Gestão de Informação, entre outras.
“Nesta edição procuramos perfis ligeiramente diferentes da primeira”, diz Paula Sequeiros, diretora de Recursos Humanos da Novartis, ao Dinheiro Vivo. A primeira edição, que decorreu entre 2017 e 2018, contou com sete estagiários, dos quais seis foram integrados na empresa.
“Quer na primeira edição, quer na segunda, nós temos como objetivo integrá-los. Nunca sabemos se o vamos conseguir, ou seja, se de facto temos uma estrutura que permita integrar os sete estagiários, mas vamos procurar que assim seja. Caso não aconteça, o que pretendemos fazer é criar uma rede de Alumni, de jovens estudantes que por aqui passaram, e podermos continuar de alguma maneira ligados a eles, até convidando-os para algumas iniciativas.”
As candidaturas são feitas através de um formulário disponível no portal da Novartis. O processo de recrutamento vai ter várias fases. “Começámos por pedir um pitch num vídeo curto, onde os candidatos vão explicar de forma inspiracional porque é que se querem candidatar a este programa e como é que este programa se vai articular no futuro com as suas expectativas de carreira”, explica Paula Sequeiros. Ao pitch segue-se uma entrevista telefónica, onde a empresa procurará saber mais sobre o candidato. “Procuramos pessoas que falem fluentemente inglês, tenham mobilidade internacional, hobbies que sejam ligados à sustentabilidade e à responsabilidade social. Vamos também procurar saber quais foram aqueles que foram mais ativos durante a universidade, ou porque pertenceram à associação de estudantes ou à tuna, por exemplo, e também aqueles que fizeram estágios fora de Portugal”. Daqui será selecionado um grupo de candidatos para um assessement, que promove várias atividades, às quais se juntam vários líderes da empresa. E, por fim, há uma entrevista final, onde haverá contacto direto com os gestores das diferentes áreas de negócio.
Ao longo dos 12 meses do estágio, a farmacêutica promove também uma série de experiências como o WEC Young Talent, um programa internacional de dois anos, com a possibilidade de trabalhar em três países da Europa, e, a novidade desta edição, o reverse mentoring, onde os mais novos são os mentores.
“É um programa de mentoring ao contrário. A pessoa mais jovem, que tem pouca experiência ou nenhuma, com alguém senior e com uma função de topo na empresa. O nosso grande objetivo é conseguir dar às nossas equipas de top management a possibilidade de poderem ouvir e aprender vivamente com estes jovens que são curiosos, fazem perguntas e desafiam”, explica a responsável dos RH da empresa. Cada dupla estabelece um objetivo que “pode ser um objetivo de liderança, de escuta ativa, de comunicação mais inspiracional. No fundo cada diretor vai tentar perceber um ponto que gostava de melhorar e vai pedir ajuda a este jovem. Durante os 12 meses do programa, vão trabalhar nesse ponto.”
A primeira edição do programa contou com 836 candidaturas, número que ultrapassou “largamente” as expectativas da empresa. “Neste momento, não estamos à espera do mesmo número, estamos à espera de um número um pouco mais baixo, até porque procuramos backgrounds diferenciadores”, aponta Paula Sequeiros. Até agora, a Novartis já recebeu 460 candidaturas.
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