A ESI – Engenharia, Soluções e Inovação vai ser uma das empresas que, com certeza, mais atenções irá atrair durante a EMAF – Feira Internacional de Máquinas, Equipamentos e Serviços, que abre portas na próxima quarta-feira, na Exponor, Leça da Palmeira. No stand, estarão em exibição cinco robôs, que incorporam projetos de investigação e desenvolvimento da ESI, a fazer demonstrações das suas habilidades na automatização de processos industriais.
Como adianta Gil Sousa, diretor comercial da ESI, um robô irá realizar in loco todos os procedimentos para a modelação de uma peça de alumínio, com o apoio de uma quinadora e de um equipamento de gravação a lazer, que resultará num porta-canetas a distribuir ao público. Este projeto, que demorou quatro meses a ser desenvolvido, já assegurou um cliente industrial. A empresa vai também apresentar um robô de controlo numérico computorizado que irá criar peças ao vivo.
O responsável sublinha que estas inovações não visam substituir a mão-de-obra humana, antes libertá-las para funções mais nobres e seguras. A automatização de determinados processos garante uma maior velocidade de produção, maior segurança e maiores níveis de produtividade, diz.
A B2Cloud irá demonstrar as potencialidades do revestimento PVD (plasma viper deposition), um novo serviço que a administradora Patrícia Ribeiro garante conferir resistência às ferramentas industriais, além de ter também funções decorativas. Segundo avança, as ferramentas de corte revestidas a PVD têm um aumento significativo na durabilidade e resistência de punções e matrizes. Também na indústria de moldes, esta película reduz o desgaste e a corrosão, melhora o desmolde e facilita a limpeza.
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Setor de 19 mil milhões
Estes são apenas dois exemplos entre as 450 empresas que vão marcar, até sábado, presença na EMAF, que nesta edição apostou no mote “Na vanguarda das soluções e tecnologias de futuro”. A feira tem ganho visibilidade internacional, contando com participantes de Espanha, França, Alemanha e Itália.
O setor metalúrgico e metalomecânico português tem registado consecutivos aumentos de atividade, perspetivando-se que neste ano as exportações atinjam os 19 mil milhões de euros, um crescimento de 15% face a 2018. Na Europa, os principais mercados são Espanha, Alemanha e França. Os EUA também são um importante destino.
O setor debate-se com falta de mão-de-obra, com a Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal a estimar um défice de 25 mil trabalhadores.
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