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O resultado líquido do Novo Banco ascendeu a 428,3 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, mais 178% face ao período homólogo, de acordo com as contas reportadas esta segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
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O banco justifica o resultado com o “crescimento sustentado do negócio”, refletindo a “capacidade de geração de receita e capital, apesar do atual contexto macroeconómico, pressões inflacionistas e subida das taxas de juro”. Por exemplo, o principal rácio de capital cresceu 160 pontos base, para 12,7%, em termos homólogos.
“O crescimento da atividade nos primeiros nove meses de 2022, reflexo da estratégia de crescimento sustentado do negócio bancário em Portugal, com geração crescente de receita e capital, conduziu à criação de valor para todos os stakeholders“, refere o presidente executivo, Mark Bourke, citado no comunicado.
O produto bancário cresceu 26,5%, para 851,1 milhões de euros, fruto do “contributo positivo dos Outros Resultados de Exploração de 161,3 milhões de euros, impulsionado pelo processo de desalavancagem do portefólio imobiliário, incluindo a mais-valia de 71,5 milhões de euros resultante da venda do edifício da atual sede no terceiro trimestre“.
A margem financeira do Novo Banco foi de 1,29%, totalizando 405,9 milhões de euros (menos 5,6% em termos homólogos). O banco diz que o valor reflete “a melhoria da taxa média dos ativos. E o crédito a clientes (líquido) ascendeu a 24,6 mil milhões de euros (mais 3,9% face a dezembro de 2021), “confirmando a trajetória de crescimento da carteira de crédito no segmento de empresas e de particulares, num ambiente de taxas de juro favorável”. A instituição refere mesmo que o crédito a clientes “aumentou em todos os segmentos”.
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Quanto a depósitos, o banco registou um aumento de 4,6% (mais 1,3 mil milhões de euros) em comparação com os primeiros nove meses de 2021. Já as comissões de serviços a clientes ascenderam 215,7 milhões de euros, mais 3,8% em termos homólogos, devido ao “”sólido desempenho na gestão de meios de pagamento, dado o perfil da atividade económica e a revisão do preçário”.
O rácio de créditos não-produtivos (NPL) foi de 5% até setembro, o que é justificado com o “aumento do rácio de cobertura para 77,2%, aproximando-se do rácio médio dos pares europeus”. O Novo Banco registou “um reforço de imparidades e provisões no montante de 22,5 milhões de euros, apresentando uma redução face aos valores registados no período homólogo (-85,9%; -137,1 milhões de euros)”. E o custo de risco foi de 20 pontos base, menos do que os 61 pontos base registados há um ano, “beneficiando da estratégia de redução de risco das carteiras”.
O resultado operacional do banco totalizou 536,8 milhões de euros, o que se traduz num crescimento de 46,2% em termos homólogos. Já os custos operativos agravaram-se 2,8%, para 314,2 milhões de euros, devido à “redução dos custos com pessoal”, que foi, segundo o banco, “compensada pelo aumento não recorrente dos gastos gerais e administrativos e amortizações que suportam o investimento na melhoria dos processos operativos e de negócio”.
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