//Novo Banco: Comissão de inquérito centra-se nas perdas imputadas aos cofres públicos

Novo Banco: Comissão de inquérito centra-se nas perdas imputadas aos cofres públicos

A comissão de inquérito ao Novo Banco tem como objetivo principal perceber as perdas imputadas ao Fundo de Resolução, que têm sido cobertas por empréstimos do Estado, um âmbito diferente daquele que teve a comissão do BES de 2015.

A atual comissão, cujas audições arrancam na quarta-feira, tem quatro pontos no seu objeto, que abrangem o “período antecedente à resolução e relativo à constituição do NB [Novo Banco]”, o “período antecedente e relativo à alienação”, o “período após alienação” e ainda pretende “avaliar a atuação dos governos, BdP [Banco de Portugal], FdR [Fundo de Resolução] e Comissão de Acompanhamento no quadro da defesa do interesse público”.

A Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, como é oficialmente designada, foi constituída em 15 de dezembro do ano passado.

Tal como sucedeu com a anterior comissão, Fernando Negrão (PSD) será o presidente, e nesta o PS conta com sete efetivos, o PSD quatro e o BE dois, enquanto PCP, CDS-PP, PAN e Iniciativa Liberal estão representados, cada um, por um deputado efetivo, num total de 17.

As audições arrancam após sucessivas interrupções dos trabalhos devido ao agravamento da pandemia de covid-19, pois conforme decisão tomada em janeiro pela comissão, as inquirições serão presenciais, tendo sido aprovada uma norma pelos deputados que levará ao reagendamento caso o depoente esteja em isolamento devido à pandemia de covid-19.

Fernando Negrão explicou à Lusa que com a pandemia tudo “tem sido muito mais complicado” em termos de comunicação com as entidades, pois “sem contactos pessoais, é mais difícil explicar aquilo que queremos e aquilo que não queremos”.