//Novo Banco: Da queda do BES à segunda comissão de inquérito

Novo Banco: Da queda do BES à segunda comissão de inquérito

O Novo Banco, criado no verão de 2014 na sequência da queda do Banco Espírito Santo (BES), tem acumulado prejuízos desde a sua criação, contas que o Estado tem sido chamado a cobrir de várias formas.

As polémicas relacionadas com os lesados do BES, que ao longo dos anos foram protestando em várias zonas de Portugal e até fora do país, bem como as sucessivas injeções de capital público no Fundo de Resolução para capitalizar o Novo Banco, marcaram os cerca de seis anos e meio de existência da instituição liderada por António Ramalho.

A discussão tem-se arrastado ao longo dos anos também no campo político, sendo parte importante nas discussões acerca da aprovação dos Orçamentos do Estado com os partidos à esquerda do PS, especialmente no último ano, tendo até gerado um mal-entendido dentro do Governo.

O banco também tem reduzido a sua força de trabalho.

Por exemplo, até setembro de 2020, o banco reduziu-a em 201 trabalhadores face a dezembro de 2019, ano em que perdeu 227 trabalhadores face ao anterior. Em 2018 já tinha perdido 392 em relação a 2017, uma tendência que foi idêntica em anos anteriores.

Os custos do Fundo de Resolução com o Novo Banco já totalizam 7.876 milhões de euros desde agosto de 2014, data da resolução do BES, e mais encargos se poderão somar, segundo contas feitas pela Lusa.