//Novo Banco explica venda de créditos de Vieira sem responder ao Ministério Público

Novo Banco explica venda de créditos de Vieira sem responder ao Ministério Público

O Novo Banco enviou um documento com 64 páginas ao Parlamento para explicar a venda de ativos, em 2019 da Imosteps, empresa ligada a Luís Filipe Vieira. A instituição liderada por António Ramalho, contudo, não explicou aos deputados qual o papel do ex-gestor Vítor Fernandes nesta operação, que está na mira do Ministério Público.

Segundo o jornal Público desta quarta-feira, o banco divide as responsabilidades com o Fundo de Resolução. O fundo terá autorizado a venda do ativo através da carteira Nata II e não terá obrigado o banco a excluir a operação do projeto.

O banco diz que, primeiro, tentou vender diretamente o crédito da Imosteps. Perante a recusa, o ativo foi vendido na carteira Nata II, após autorização do Fundo de Resolução, de acordo com a missiva. O Fundo de Resolução excluiu da lista da Nata II créditos de grupos devedores como a Ongoing e Prebuild.

O Ministério Público suspeita de que Luís Filipe Vieira, presidente suspenso de funções do Benfica, seja o verdadeiro comprador um crédito de 54,3 milhões de euros por um sexto do valor que representava.

A carta do Novo Banco, contudo, não explica o envolvimento de Vítor Fernandes na operação – o ex-gestor tem a nomeação suspensa para o Banco de Fomento – e ainda a transferência de uma parcela do empréstimo à Imosteps, de oito milhões de euros, para benefício pessoal de Vieira e que o próprio contesta, aponta a mesma publicação..