//Novo Banco: Grandes devedores não são representativos da atividade geral

Novo Banco: Grandes devedores não são representativos da atividade geral

O vogal da comissão executiva do Novo Banco Rui Fontes disse esta sexta-feira no parlamento que os casos dos grandes devedores que têm sido ouvidos na comissão de inquérito não representam a normal atividade do banco.

“Todos os casos em que o Novo Banco teve sucesso na recuperação acabaram por não ser alvo desta comissão, na medida em que não geraram perdas. O que se vê aqui não é representativo da realidade global do banco”, disse hoje o administrador do banco responsável pelo risco.

Rui Fontes foi hoje ouvido pelos deputados na Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, e foi sendo questionado acerca dos vários grandes devedores da instituição financeira.

O deputado Alberto Fonseca (PSD) falou no caso da Prébuild, de João Gama Leão, lembrando os créditos dados para exportação, ou ainda faturação ‘empolada’.

“Posso dizer-lhe que isso não era um processo normal” e que “correu francamente mal”, respondeu o administrador, considerando o processo normal para créditos à exportação como “razoavelmente robusto, em que é confirmado pela área internacional”, tendo o caso da Prébuild sido alvo de uma auditoria interna.

Rui Fontes acrescentou que a Prébuild tinha “identificados vários sinais de alerta, um ‘rating’ B relacionado com a estrutura de Angola, que lhe daria um ‘rating’ mau”.