O Novo Banco pode vir a perder mais 310 trabalhadores até 201. O banco liderado por António Ramalho recebeu autorização do Governo para avançar com mais rescisões por mútuo acordo, ao abrigo do estatuto de empresa em reestruturação.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança decidiu “alargar o limite quantitativo previsto para cessações de contratos de trabalho por mútuo acordo a 310 trabalhadores entre 8 de agosto de 2019 e 31 de dezembro de 2021”, adiantou fonte oficial do gabinete de José Vieira da Silva ao semanário Expresso deste sábado. Além das rescisões por mútuo acordo, estas saídas poderão ocorrer também através de “reformas antecipadas”, segundo fonte oficial do banco.
A saída de até 310 trabalhadores do Novo Banco está enquadrada no plano de reestruturação que a instituição liderada por António Ramalho acordo com o Estado português e a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia. Em junho, o ‘banco bom’ do BES tinha 4993 trabalhadores, menos 103 do que no final de 2018.
Esta é a terceira vez que o Novo Banco pede o estatuto de empresa em reestruturação. Segundo a lei, uma empresa com mais de 250 trabalhadores, como o Novo Banco, só pode chegar a acordo para sair com 80 funcionários no espaço de três anos e assim terem direito a receberem subsídio de desemprego. Se houver mais do que 80 saídas, os trabalhadores a mais deixam de ter acesso a esse subsídio – exceto se conseguirem a exceção concedida agora pelo Governo ao Novo Banco.
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