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O Novo Banco confirmou esta terça-feira a celebração de um contrato de compra e venda e outros acordos com fundos de investimentos geridos pela Davidson Kempner (DK), tendo vista a alienação da participação do banco nos fundos ECS. O negócio faz cair a exposição do banco liderado por Mark Bourke aos fundos de reestruturação.
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“O Novo Banco informa que, juntamente com outros vendedores [leia-se bancos], foi assinado um contrato de compra e venda e outros acordos com fundos de investimentos geridos por Davidson Kempner Capital Management LP, relacionados com a venda de participações no Fundo Recuperação Turismo, Fundo de Capital de Risco e FLIT – PTREL, SICAV-SIF, S.C.A., bem como alguns outros ativos atualmente detidos por Fundo Recuperação, também denominado por Project Crow”, lê-se num comunicado veiculado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em causa estão participações não só do Novo Banco, mas também da Caixa Geral de Depósitos, do BCP, do Santander e da Oitante nos fundos ECS. Com este comunicado, apenas o Novo Banco confirma o negócio com a gestora de investimentos norte-americana. Os valores, contudo, não foram deslindados, mas o Jornal Económico noticiou a 19 de agosto que os cinco bancos portugueses fecharam acordo com a Davidson Kempner por 850 milhões de euros. A operação deverá ficar concluída até ao final de 2022.
Do lado do Novo Banco, este negócio permitirá, por um lado, reduzir a exposição da instituição aos fundos de reestruturação. Por outro, melhorará o rácio de capital do banco em 25 pontos base.
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No final de 2021, a exposição do Novo Banco a este tipo de fundos “totalizava 524 milhões de euros”, sendo que o perímetro da transação, agora anunciada, a “compreender cerca de 40% da exposição do banco aos fundos de reestruturação”.
“A redução desta exposição no balanço deverá repercutir-se num aumento de c.25bps dos rácios de capital do Novo Banco”, lê-se.
Acresce que a transação hoje anunciada, juntamente com outras medidas celebradas no terceiro trimestre de 2022, deverá “repercutir-se num aumento de c.65bps nos rácios de capital do novobanco versus rácios reportados a junho de 2022”. Isto, porque o banco está a “acelerar o desinvestimento de ativos não-core”.
A concretização do negócio, cuja “conclusão da transação é esperada ocorrer no quarto trimestre de 2022”, terá “um impacto esperado neutro no resultado líquido de 2022”.
A ECS – Sociedade Gestora de Fundos de Capital de Risco, que detém diferentes fundos, foi colocada à venda no início de 2021.
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