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O Novo Banco registou um lucro líquido de 154,1 milhões de euros nos nove meses deste ano, o que compara com um prejuízo de 853,1 milhões de euros no período homólogo de 2020.
O resultado do banco no terceiro trimestre fixou-se em 16,4 milhões de euros, “sendo o terceiro trimestre consecutivo com resultados positivos, apesar do impacto negativo da operação de troca de dívida concluída no trimestre que permitirá poupanças futuras”, explica o banco no comunicado com os resultados trimestrais, divulgado esta quinta-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
“É o terceiro trimestre consecutivo de resultados positivos. Estamos na rota da rentabilidade, de crescimento e preparados para apoiar as empresas e a economia portuguesa”, afirma António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, citado no comunicado.
“É um virar de página agora também assente numa nova imagem de marca. Os resultados positivos demonstram o crescimento do negócio sustentável com o produto bancário comercial a crescer 6,8%, ao mesmo tempo que os custos operativos caem 3,9%”, adianta.
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O banco justifica o lucro obtido nos nove meses com a “melhoria dos resultados operacionais”, a “redução dos custos operativos”, o “menor nível de imparidades e provisões” e “pelo registo em setembro de 2020 da perda de 260,6 milhões de euros na reavaliação dos Fundos de Reestruturação”.
Os resultados operacionais do banco cresceram 32,8% para 166,1 milhões de euros, os custos operativos recuaram 3,9%. Quanto a imparidades e provisões, desceram 80,8%.
A margem financeira do banco cresceu 7,3%, em termos homólogos, para 430 milhões de euros, e os serviços a clientes registaram uma melhoria de 5,8%, o que “contribuiu para a melhoria do produto bancário comercial em mais 6,8% face ao período homólogo”, aponta o Novo Banco.
“A melhoria da margem financeira reflete a redução das taxas médias dos depósitos, o menor custo de financiamento de longo prazo e a manutenção da política de preços”, indica.
Relativamente ao Fundo de Resolução, o Novo Banco “considera o valor de 277,4 milhões de euros como devido ao abrigo do Mecanismo de Capitalização Contingente, estando a despoletar os mecanismos legais e contratuais à sua disposição no sentido de assegurar o recebimento dos mesmos”.
O banco recebeu 317 milhões de euros do Fundo de Resolução para cobrir perdas registadas em 2020 relativas a ativos herdados do BES. Mas o Novo Banco tinha pedido uma injeção de capital de 598 milhões de euros.
Atualizada às 18H14 com mais informação
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