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Jaime de la Rica é, desde há cerca de cinco meses, o novo business executive officer (BEO) da Nespresso para Portugal. Antes de vir para cá, já trabalhava na empresa, na Suíça, liderando a estratégia de marketing europeia. Mas, apesar de o mercado nacional de café não lhe ser estranho, o gestor confessa que tem um grande desafio pela frente, “porque todas as pessoas que trabalharam na Nespresso em Portugal construíram o seu legado ou deixaram a sua herança na marca”.
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Assim, e nos anos que por cá vai passar à frente da empresa, o responsável tem como objetivo maior os recursos humanos da Nespresso. “A primeira coisa seria as pessoas, que são a peça principal das empresas. Quero continuar a trabalhar com pessoas, continuar a apostar fortemente no seu crescimento. Acredito firmemente que algumas pessoas felizes e motivadas trazem mais resultados. Então quero trabalhar motivação e alegria”, afirma o BEO da marca.
Inovar é a segunda palavra de ordem para Jaime de la Rica. Tudo para manter a marca que representa nas preferências dos lusos. Como diz o responsável, o café é muito importante na vida dos portugueses. Tanto que o seu consumo fora de casa é muito mais frequente do que noutros países.
E, por isto, é muito importante para Jaime de la Rica continuar próximo dos consumidores. “Quando um consumidor vai a uma boutique, sente uma grande proximidade. Continuar a fazê-lo é um dos nossos pilares”, garante.
Para inovar e manter os clientes fieis à marca é preciso estar a par das tendências da experiência do consumidor, detalha o BEO. Depois, é necessário oferecer produtos que primem pela diferença e qualidade. Jaime de la Rica dá o exemplo da máquina de café Vertuo. Sendo um sistema “mais versátil”, o novo equipamento está a conseguir alcançar novos tipos de consumidor, aos quais a máquina tradicional não chegava. “Por isso, o que fez por nós foi alargar o nosso público-alvo”, detalha. E embora não avance números, garante que as vendas aumentaram.
Com a nova máquina chegaram novos aromas de café, embora a marca se empenhe em não descurar as cápsulas para as máquina tradicionais. Ainda recentemente lançou um café cuja produção se iniciou há 20 anos. Tantos como a Nespresso tem em Portugal. “Este café é muito, muito especial. É um processo de inovação muito longo porque provém de árvores que fizemos crescer”, revela, detalhando que a empresa cultivou, na Etiópia, na Colômbia e na Indonésia, uma planta de café que estava morta. “E, finalmente, produziu-se na Colômbia. A árvore cresceu e este é o produto que plantámos há algum tempo”, orgulha-se. O novo café existe tanto na linha original como para as máquinas Vertuo.
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Sustentabilidade
O novo café é também fruto de um dos vários projetos de sustentabilidade da companhia. E sustentabilidade é o terceiro pilar da missão de Jaime de la Rica enquanto BEO da marca em Portugal, embora esta seja uma questão transversal a toda a empresa. “A Nespresso é uma marca de café muito importante. O impacto que precisamos de ter é grande em tudo, desde os países de origem do café, até ao último momento do consumo de café, que é a cápsula e o alumínio”, afirma.
Diz Jaime de la Rica que a agricultura regenerativa é muito importante para a marca. “A sustentabilidade não se limita à reciclagem, isso também, mas é também a forma como tratamos o café e como tratamos todo o ciclo de vida do café de uma forma sustentável. E nem todas as marcas podem dizer que são impecáveis, desde a plantação de café até à reciclagem”. O responsável afirma que toda a linha de produção garante uma redução de carbono. “O compromisso da Nespresso é ser neutra em termos de carbono até 2030. Portanto, estamos a ir bem”, declara. E garante que “é a marca mais sustentável e o consumo de café mais sustentável”.
Por cá, a empresa iniciou, no final do ano passado, um programa conjunto de reciclagem de cápsulas (desenvolvido pela Associação Industrial e Comercial do Café, em parceria com vários fabricantes de cápsulas de café), com o objetivo de disponibilizar o maior número de soluções para que os consumidores possam reciclar as cápsulas da forma mais acessível, eficiente e sustentável. Para tal, a marca tem mais de 250 pontos disponíveis para depósito das cápsulas usadas. Que também podem ser entregues ao estafeta na compra de novos cafés.
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