O governo pretende impor como condição para autorizar a venda de seis barragens da EDP a consórcio liderado pela francesa Engie que os rendimentos gerados pelas centrais hidroelétricas paguem imposto no país. A informação é avançada este sábado pelo jornal Público que cita fonte do governo segundo a qual o negócio vai depender de garantias de arrecadação de receita fiscal.
O ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, tinha já antes feito saber também que a avaliação do negócio por parte do Estado vai ser feita barragem a barragem.
Para que o negócio avance, serão necessárias autorizações da Agência Portuguesa do Ambiente, da REN, da Direção Geral de Energia e da Autoridade da Concorrência.
Nesta venda, a EDP aliena 25% da sua capacidade hídrica e ativos que em 2018 representaram resultados operacionais de 154 milhões de euros. Após a venda, a elétrica ficará com 64% da grande produção hídrica nacional. Engie e restantes parceiros do consórcio (Crédit Agricole Assurances e Mirova, do fundo de investimento da Natixis) terão 21% do mercado. A Iberdrola segura 15%.
A EDP espera fechar o negócio até ao final do próximo ano.
Alterado às 14h02. Matos Fernandes é, no atual governo, ministro do Ambiente e da Ação Climática e não do Ambiente e da Transição Energética.
Deixe um comentário