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A LEO Pharma especializou-se e é líder em Dermatologia. É uma área em que a investigação e a inovação têm crescido muito?
As doenças da pele podem ser muito graves, crónicas e incapacitantes. Os avanços científicos, os produtos biológicos e as terapêuticas genéticas têm contribuído para o desenvolvimento de novas opções para os doentes com muitas necessidades diárias e para as quais não conseguem encontrar uma resposta adequada. Por isso, a Dermatologia médica é, atualmente, uma das áreas terapêuticas mais atrativas e que mais cresce em todo o mundo. Até 2030, prevê-se que este mercado duplique e atinja valores de mais de 50 mil milhões de euros. Desde a sua fundação que a LEO Pharma mantém um compromisso com a investigação científica e é a única empresa que cobre todo o espectro de gravidade de doenças da pele, como a psoríase ou a dermatite atópica, com soluções que vão desde tópicos a biológicos. Milhões de pessoas em todo o mundo beneficiam, atualmente, dos nossos tratamentos e o objetivo é alcançar os 125 milhões de doentes tratados dentro de cinco anos..
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O que explica o crescimento significativo da LEO em Portugal?
Foi um ano muito positivo para a LEO Pharma, apesar de desafiante e ainda muito marcado pela pandemia, conseguimos crescer e reforçar as vendas dos nossos principais produtos, em linha com o crescimento do mercado. No caso concreto de Portugal, em 2021, a companhia registou um crescimento de 4%, correspondente a 22,8 milhões de euros. Este crescimento reforça a relevância da nossa Estratégia 2030, o compromisso com os doentes, com os dermatologistas e com a sociedade, e o esforço empresarial que temos levado a cabo desde que demos início a atividade em Portugal, com um crescimento sustentado que nos tem permitido posicionarmo-nos como uma empresa de referência no âmbito da Dermatologia médica.
Há planos de expansão no país que passem por investimentos e contratações?
A LEO Pharma investe, anualmente, cerca de meio milhão de euros em I&D em Portugal. A Estratégia 2030, baseada na inovação e no crescimento, vai permitir à companhia tornar-se líder global em Dermatologia médica e uma das cinco mais relevantes da próxima década. Até 2030, a companhia prevê continuar a avançar no portfolio e lançar, a cada dois ou três anos, um novo tratamento ou uma nova indicação para colmatar necessidades médicas não cobertas, em todo o espetro de gravidade da Dermatologia médica e tal só é possível com investimento, que já está a acontecer a nível global e, naturalmente, com atração e retenção de talento.
Pode a empresa estudar a produção de fármacos aqui, no âmbito da reindustrialização europeia e dos apoios, nomeadamente PRR?
Atualmente, a LEO Pharma não dispõe de nenhuma unidade de produção na Península Ibérica, mas a natureza global da companhia gera sinergias constantes entre os vários centros de atividade distribuídos por todo o mundo e, em particular, pela Europa. Contudo, todas as oportunidades se mantêm em aberto, a nossa área de Business Development dedica-se a avaliar, de forma permanente, todas as oportunidades de crescimento que possam surgir dentro da persecução da Estratégia 2030.
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Há preocupação crescente com os temas da saúde na sociedade portuguesa – e consequentemente maior necessidade de encontrar respostas “à medida” para cada um, de inovar?
Nas últimas décadas, as inovações em saúde salvaram milhões de vidas e permitiram um progresso económico e social profundamente significativo. A Dermatologia, a par da Oncologia, são áreas que têm registado um crescimento extraordinário. A disponibilização generalizada de medicamentos, aliada ao progresso científico registado, que permitiu a diversificação da oferta de tratamentos e incrementou a sua eficácia, têm sido decisivas para a melhoria da qualidade de vida e da longevidade média da população. São notórios também os esforços relativos à promoção da saúde e prevenção da doença e em contribuir para o aumento da literacia em saúde. O doente assume um papel central na nossa missão e o futuro passa, obrigatoriamente, não apenas por tratar a doença, mas cada doente, de forma individual, a encontrar novas possibilidades para responder às suas necessidades específicas, com soluções de competitivas que mudam a vida dos doentes.
Pode a IA e o tratamento de dados ser determinante nisso?
Sem dúvida que sim. A digitalização alterou a forma como prevemos, monitorizamos, gerimos e tomamos decisões em saúde. As ferramentas digitais e o acesso a dados possibilitam uma maior eficiência nos processos e cada vez melhores abordagens terapêuticas o que, somado, se traduz em melhores resultados para o doente, para os sistemas de saúde e para o País. A tecnologia digital permite, desde logo, uma maior ligação entre a comunidade científica, o que contribui fortemente para a partilha de conhecimento e de dados e, consequentemente, para o desenvolvimento e robustez do trabalho de investigação. Neste âmbito, a LEO Pharma associou-se, recentemente, à Veeva Systems, líder mundial de software em nuvem para a indústria das Ciências da Vida, possibilitando ensaios digitais em escala centrados no doente e sem recurso a papel, com elevados padrões de precisão de dados e cumprindo todas as normas de segurança necessárias. Com esta aliança, integrada na nossa Estratégia 2030, estimamos conseguir alcançar uma maior precisão de dados clínicos, e reduzir em 25% os custos e o tempo de duração dos ensaios clínicos, proporcionar aos doentes tratamentos cada vez mais inovadores, que respondam às suas necessidades e contribuir para um negócio também mais sustentável.
Ao fim de 25 anos, o que esperar da expansão da LEO no país?
Ao longo destes 25 anos, colocámo-nos sempre na pele dos nossos doentes, mantendo um forte compromisso com a investigação e o desenvolvimento de novos fármacos em Portugal. Graças à dedicação e compromisso que sempre demonstrámos, somos um parceiro de confiança dos dermatologistas e mantemos o nosso perfil colaborativo com entidades, associações e instituições do setor. A LEO Pharma Ibéria, da qual Portugal é parte integrante, é hoje, orgulhosamente, um dos mercados prioritários para a companhia na Europa e, em Portugal, inaugurou recentemente novos escritórios, no centro de Lisboa. Até 2030 pretendemos continuar a avançar no portfolio e lançar, a cada dois ou três anos, um novo tratamento ou uma nova indicação para colmatar necessidades médicas não cobertas, em todo o espetro de gravidade da Dermatologia médica. Como parte desta estratégia, a LEO Pharma prevê disponibilizar em breve, em Portugal, o tratamento biológico inovador para doentes adultos com dermatite atópica moderada a grave, uma nova opção terapêutica para esta que é a doença inflamatória da pele mais comum e que se estima que afete cerca de 4,4% da população europeia e milhões de pessoas em todo o mundo.
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