O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Alberto Souto de Miranda, considerou hoje “um sucesso” a emissão de obrigações da TAP e afirmou que os resultados da operação constituem “uma prova de confiança na estratégia” da companhia aérea. “Foi um sucesso e não apenas um sucesso financeiro”, começou por dizer o governante na cerimónia de apresentação dos resultados da Oferta Pública de Subscrição de Obrigações da TAP esta tarde na Euronext, em Lisboa. Segundo o secretário de Estado, a operação que contou com mais de seis mil investidores em títulos de dívida da transportadora aérea, com forte procura de particulares, “é também um sucesso e uma prova de confiança na estratégia que a TAP tem vindo a desempenhar”.
Venda atraiu mais de seis mil investidores. Leia aqui
Porém, apesar de sublinhar que “o mérito” da operação “é certamente da equipa” que a preparou, Souto de Miranda defendeu que “a presença do Estado é, sem dúvida, um fator que aumenta a confiança no mercado”. “O Estado não é mais um sleeping partner, não é mais um parceiro alheado da vida da empresa, é um parceiro interessado, cooperante e disposto para ajudar a resolver os problemas que possam surgir”, salientou. Souto de Miranda considerou ainda que “este é um momento muito importante e determinante para credibilizar a TAP junto do mercado financeiro e de capitais”.
“Temos hoje um ambiente de paz social muito grande”, realçou por outro lado Antonoaldo Neves, quando questionado pelos jornalistas sobre o clima na empresa após a notícia do pagamento de prémios a alguns trabalhadores. O presidente executivo da transportadora, que falava na Euronext, lembrou que, no ano passado, houve acordos com os sindicatos que resultaram em aumentos salariais “como nunca aconteceu na história recente em Portugal”. “Tivemos aumentos que num prazo de cinco anos totalizaram 15% em algumas categorias”, lembrou, referindo ainda o investimento feito em planos de benefícios para os trabalhadores. “Não vejo nenhuma razão concreta para haver qualquer tipo de tensão social num ambiente em que a paz social está contratada com investimentos enormes e sem contar com todas as promoções”, reforçou Antonoaldo Neves.
O presidente da Comissão Executiva disse ainda que “a TAP está totalmente aberta a atribuir qualquer tipo de remuneração variável com qualquer trabalhador contra objetivos específicos de produtividade”. “Não há nenhum programa de remuneração variável na TAP que não seja baseado em objetivos concretos de aumento de produtividade”, garantiu.
Na Oferta Pública de Subscrição de Obrigações da TAP que decorreu entre 3 e 18 de junho, participaram 6092 investidores, numa operação com valor de 200 milhões de euros.
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