A OCDE indicou hoje que, a partir dos dados disponíveis de países que já têm estatísticas para o mês de março, deteta na maioria destes um brusco aumento do desemprego devido à crise da covid-19.
Num comunicado publicado hoje com os números dos Estados membros em fevereiro, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sublinha que nos Estados Unidos só nos primeiros 14 dias de março a taxa de desemprego subiu nove décimas para 4,4% da população ativa.
Esta subida foi particularmente marcada no grupo da população mais jovem (de 16 a 24 anos), já que a taxa de desemprego passou naquele período de 7,7% para 10,3%.
Nas semanas seguintes a situação nos Estados Unidos agravou-se ainda mais e na semana que terminou em 28 de março o número de pedidos de subsídios de desemprego cresceu para 6,6 milhões de pessoas, mais de 20 vezes superior ao registado duas semanas antes.
A organização sublinha que os elementos disponíveis noutros países mostram uma deterioração semelhante e na Áustria, o número de pessoas registadas nos serviços de desemprego aumentou mais de dois terços em março.
Antes de se sentir claramente os efeitos desta crise, em fevereiro a taxa de desemprego no conjunto da OCDE desceu uma décima, para 5%.
Em fevereiro, houve uma queda de uma décima nos Estados Unidos (para 3,5%), na zona euro (para 7,3%) e, também, em Espanha (para 13,6%), de duas décimas em Portugal (para 6,5%) e de até sete décimas na Coreia do Sul (para 0,7%).
Entre os poucos países em que o desemprego aumentou em fevereiro estavam Itália (uma décima para 9,7%) e a Suécia (quatro décima para 7,6%).
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