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A Openbook, empresa portuguesa de arquitetura, foi distinguida pela Architecture MasterPrize pelo design de interiores da nova sede da PHC Software, no Taguspark, em Oeiras, na categoria interior design/workplaces. Já a arquitetura do edifício, também com a assinatura da Openbook, recebeu uma menção honrosa na categoria de architectural design/commercial architecture.
O edifício em betão e vidro, designado Simulador I, tem 4500 metros quadrados acima do solo e o interior, de três pisos, é marcado pelo átrio de entrada, que serve de auditório e zona social. A escadaria funciona como bancada. Esta foi a solução encontrada para uma das exigências da PHC, revela ao Dinheiro Vivo Paulo Jervell, um dos quatro partners da Openbook: um espaço para acolher, em simultâneo, os mais de 300 colaboradores desta empresa de software.
Paulo Jervell
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A Openbook recebeu ainda uma segunda menção honrosa na categoria architectural design/commercial architecture pelo projeto de arquitetura realizado para uma moradia unifamiliar em Cascais.
Moradia em Cascais
Não é a primeira vez que o ateliê é distinguido pela Archirecture MasterPrize. Em 2020 recebeu uma menção honrosa pelo projeto de interiores da sede da KPMG em Lisboa.
Paulo Jervell sublinha “o foco no detalhe e nas necessidades do cliente” e na “sustentabilidade, materiais naturais e a apetência pelo arts & crafts” como fatores distintivos do trabalho da Openbook.
O segmento corporativo representa entre 40 a 50% do negócio da empresa, que no portefólio, entre outros projetos, tem também os escritórios da Microsoft e o novo Campus da Nestlé.
Microsoft
Paulo Jervell fala em “mudança de paradigma” na conceção de escritórios, e admite que muitas das tendências lançadas pelas empresas tecnológicas – com espaços colaborativos, de convívio e de lazer – estão a alargar-se a outros setores, vistos como mais “conservadores”, como as consultoras e firmas de advocacia. É caso da nova sede da sociedade de advogados Vieira de Almeida & Associados, que valeu à Openbook o prestigiado prémio Architizer A+Awards, na categoria Architecture+Workspace, em 2018.
Vieira de Almeida & Associados
O escritório do futuro, sublinha o arquiteto, serve também para “reter talento, dando as melhores condições de conforto”, ao mesmo tempo que funciona como “espaço aculturador, transmitindo os valores da empresa”.
Na PHC as zonas colaborativas são mais comuns do que os espaços individuais de trabalho. Na Microsoft não há lugares marcados e em cada um dos quatro pisos há um ponto de encontro pelos quais os colaboradores têm de passar, obrigando-os a cruzarem-se.
Na Nestlé não existem mesmo gabinetes e secretárias convencionais, mas sim “vários espaços, amplos, que convidam a sentar e a trabalhar: mesas corridas ou individuais, cadeiras, poltronas ou sofás”.
Nestlé
Estes projetos reúnem, na conceção da Openbook, as características do escritório do futuro, potenciadas pelo desenvolvimento tecnológico: não há lugares marcados, os colaboradores podem circular livremente e ocupar zonas de trabalho, convívio ou lazer. O objetivo é promover a colaboração e a criatividade, em nome da inovação e produtividade.
Sobre se com a pandemia e o aumento do teletrabalho a tendência será para as empresas reduzirem o espaço de escritório, Paulo Jurvell afirma que “há flexibilidade, claramente”, mas que “não têm tido essa leitura, antes pelo contrário”.
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