Depois de ter tomado conhecimento da decisão do Tribunal, que concluiu como sendo um facto provado que a Primagest, empresa de direito angolano, tinha ligações à Sonangol quando estabeleceu um contrato no início de 2012 por iniciativa do então presidente da petrolífera, Manuel Vicente, com o procurador Orlando Figueira, a petrolífera emitiu um comunicado, acusando a Comarca de Lisboa de estar a faltar à verdade.
“Sem prejuízo do respeito que a decisão de um Tribunal exige e, especialmente, por se tratar de um Tribunal de um país estrangeiro, certamente mais distante dos factos”, a Sonangol vem clarificar que não é verdade que “tenha qualquer espécie de relação, directa ou indirecta, com a sociedade Primagest – Sociedade Gestora, S.A., jamais tendo exercido qualquer espécie de controlo sobre a mesma”.
A petrolífera angolana acrescenta ainda que o mesmo acontece em relação às outras empresas mencionadas no acórdão do tribunal – Berkeley e a Leadervalue – assim como no que toca à compra da Coba, uma empresa de engenharia portuguesa, operação em que a Primagest esteve envolvida.
“Credibilizar documentação pessoal de advogados e terceiros sobre a Sonangol E. P. em detrimento do que esta empresa afirma é demonstração de desrespeito a que o Tribunal parece ter votado esta empresa, não cumprindo sequer o contraditório”, diz a petrolífera.
A Primagest esteve na origem de pagamentos de 630 mil euros pelo qual procurador Orlando Figueira foi condenado no julgamento da Operação Fizz há uma semana.
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