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As receitas das empresas de telecomunicações com pacotes de serviços totalizaram 1 867 milhões de euros em 2022, mais 4,3% do quem em 2021, de acordo com dados revelados pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) esta sexta-feira. Os pacotes de serviços de telecomunicações representaram 50,4% das receitas retalhistas.
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“A receita média mensal por subscritor de pacote [em 2022] foi de 34,8 euros (sem IVA), mais 0,7% face ao registado no ano anterior”, revela a Anacom.
O regulador apurou também 65,3% dos 1 867 milhões de euros correspondem a receitas geradas com ofertas 4/5P (quatro ou mais serviços integrados no mesmo pacote). As receitas com ofertas 4/5P representaram 33% do total das receitas retalhistas dos operadores.
Se se tiver em conta apenas os pacotes com quatro ou mais serviços associados, a receita média mensal por subscritor foi de 43,19 euros, mais 0,4% em termos homólogos. No caso das ofertas com apenas três serviços combinados (3P), a receita média mensal por assinante foi de 27,43 euros no caso das ofertas 3P, menos 0,9% face a 2021.
No final de 2022, havia 4,6 milhões de subscritores de pacotes de serviços, o que representa um crescimento homólogo de 3,6% (mais 158 mil assinantes do que em 2021). Este volume de assinantes significa que em cada 100 famílias, 91,4 tem acesso a serviços de telecomunicações em pacote.
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Segundo o regulador, “o crescimento verificado foi superior ao registado em 2021 (+3,4%) e está exclusivamente associado às ofertas 4/5P”, cujo número de assinantes cresceu 7,9% em termos homólogos (mais 178 mil subscritores). A taxa de crescimento nas subscrições dos pacotes 4/5P “foi o mais elevado desde o final de 2019”.
“As ofertas 4/5P foram as mais utilizadas, contando com 2,4 milhões de subscritores (53,6% do total de subscritores de ofertas em pacote), seguindo-se as ofertas 3P, com 1,7 milhões de subscritores (37,3%)”, de acordo com a Anacom.
As ofertas isoladas, que se caracterizam por não serem comercializadas em pacote, representaram 70,5% dos serviços móveis e 15,4% dos serviços fixos. “Estima-se que, em julho de 2022, as ofertas isoladas residenciais ascenderiam a 1% do total dos subscritores residenciais de banda larga fixa, 3% do total de subscritores residenciais de TV por subscrição e a 5% do total dos subscritores residenciais de serviço telefónico em local fixo”, lê-se.
“No total dos acessos fixos e móveis, a maioria (55,1%) era constituída por acessos móveis single play, seguindo-se os acessos móveis integrados em pacote (23%), os acessos fixos integrados em pacote (18,6%) e, por último, os acessos fixos single play (3,4%)”, acrescenta a Anacom.
A Meo, detida pela Altice Portugal, foi o operador com maior quota de subscritores (41,1%) e maior quota de receitas de pacotes de serviços (41,2%).
A NOS foi o segundo operador a reunir mais subscritores (35,5%) e a faturar mais com ofertas em pacote (40,2%). Seguiu-se a Vodafone, com 20,3% na quota de subscritores e 16,7% de quota de receitas das ofertas em pacote. Por último ficou a Nowo, com uma quota de subscritores de 2,9% e uma quota de receitas de 1,8%.
Apenas a Meo e a Vodafone viram a quota de subscritores subir. Já quanto à quota nas receitas, só a NOS e a Meo melhoraram em 2022 os valores faturados face a 2021.
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