A Ora Bolas, marca portuguesa de bolas-de-berlim, tem um projeto de expansão ambicioso. Guilherme Carvalho Neto, jovem empreendedor e acionista da empresa, quer construir uma cadeia internacional de lojas. O sonho que o faz correr é “chegar ao calcanhar de um Dunkin’ Donuts”, rede mundial de origem norte-americana. Para já, prepara a abertura do primeiro espaço da marca, em Lisboa.
“Temos já três localizações em vista, na Baixa de Lisboa, que é um local ideal para captar turistas, mas também portugueses”, confidenciou ao Dinheiro Vivo. A primeira loja Ora Bolas deverá estar em operação antes do verão de 2019 e será a casa-mãe do projeto, com um ponto de fabrico no local. O plano de negócios aponta para um período de consolidação entre os seis e oito meses para posteriormente avançar com o franchising da marca.
Numa primeira fase, Guilherme Carvalho Neto quer apontar as baterias para o mercado nacional. A etapa seguinte passa por internacionalizar o conceito. O jovem empreendedor assegura que já despertou o interesse de onze entidades internacionais, desde Macau, Angola, Brasil e Espanha. De Portugal também já houve contactos. E ainda não temos loja.”
Guilherme Carvalho Neto acredita no potencial do negócio. “Não há nenhuma cadeia internacional de bolas-de-berlim”, contudo este bolo é produzido e consumido (com diferentes variações) em diversas geografias do mundo. “As bolas-de-berlim não precisam de investimento de promoção, já estão enraizadas nas culturas”, considera. Carvalho Neto estima vender na loja três a quatro mil bolas por dia.
Jovial e apelativa
“Não percebia nada de bolas-de-berlim”, mas a marca captou-lhe a atenção. “Ora Bolas é jovial, apelativa, muito intuitiva e fácil de memorizar e tem um produto muito bom”, diz. Por isso, há um ano o jovem economista abraçou este projeto e começou a pôr em marcha um novo modelo de negócio.
A Ora Bolas tem o objetivo de produzir e vender as melhores bolas-de-berlim, com múltiplos sabores e feitios. Atualmente, há doze recheios disponíveis, mas já foram testados 350 sabores, a pensar na loja. Guilherme Carvalho Neto garante que as bolas-de-berlim não são todas iguais. “Quando entrei na empresa, fui provar os produtos dos concorrentes e deparei-me com bolas que ao fim de 12 horas estavam duras”, recorda.
As da Ora Bolas guardam alguns segredos na sua confeção. A massa é fofa e mantém-se fresca durante muitas horas, não é gordurosa e o creme é injetado a meio do bolo, o que permite desfrutar o recheio do princípio ao fim. Outro dos cuidados é que os recheios sejam saborosos, nem demasiado doces nem enjoativos. Tudo para que o consumidor seja tentado a repetir. Neste momento, a produção está entregue a terceiros.
A empresa tem o negócio assente na venda online para Lisboa e arredores norte (empresas, casamentos, festas) e em eventos (festivais de música, festas da cidade). Neste ano, a Ora Bolas já fez 25 eventos e até ao fim do verão tem mais 15 agendados.
A Ora Bolas nasceu em 2015, mas esteve sempre a meio gás, até que Guilherme Carvalho Neto se tornou acionista e desenhou um novo rumo para a empresa. Neste ano, que considera o primeiro exercício real, a estimativa mais favorável de faturação aponta para os 60 mil euros. A abertura da loja será a alavanca para o negócio florescer.
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