//Pandemia agrava prejuízos da Sonae Capital para 14,6 milhões até junho

Pandemia agrava prejuízos da Sonae Capital para 14,6 milhões até junho

A Sonae Capital registou prejuízos de 14,6 milhões de euros até junho. A pandemia penalizou a área de negócio do grupo Sonae que gere negócios na área da energia, turismo, ginásios e ativos imobiliários, segundo o comunicado de resultados divulgado esta terça-feira junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Os prejuízos de 14,36 milhões de euros até ao final de junho de 2020 comparam com as perdas de 2,89 milhões de euros verificadas no mesmo período de 2019.

Tal como antecipávamos, o segundo trimestre do ano revelou-se extremamente desafiante para a Sonae Capital. Os segmentos de fitness, hotelaria e Tróia Operações viram as suas operações suspensas durante a maior parte do trimestre e os segmentos de engenharia Industrial e ativos imobiliários viram, e certamente continuarão a ver, a sua atividade afetada pelo clima de incerteza, à escala global”, justifica Miguel Gil Mata, presidente executivo da Sonae Capital, citado no comunicado de resultados.

O efeito da pandemia só não foi visível no volume de negócios conjunto das várias áreas da Sonae Capital, que totalizou 136,78 milhões de euros, mais 72,8% face ao mesmo período de 2019.

A aposta no segmento da energia, através da CapWatt, justifica este crescimento: esta empresa registou um volume de negócios de 105,8 milhões nos primeiros seis meses de 2020, por causa da aquisição da Futura Energía Inversiones.

Em sentido contrário, a SC Fitness, que gere os ginásios Solinca, registou uma descida de receitas de 36%, para 12,9 milhões de euros. Os ginásios estiveram fechados em abril e maio, o que justifica este desempenho.

Também em terreno negativo ficou o negócio da hotelaria, com uma quebra de faturação de 68,2%, para 3,3 milhões de euros. Em abril e maio “praticamente não houve espaço para geração de receitas”, assume a Sonae Capital.

O negócio de engenharia industrial, através da Adira, registou uma quebra de 9,4% no volume de negócios, para 3,7 milhões de euros.

As receitas no Tróia Resort caíram 24,6% para 3,6 milhões de euros. Esta empresa gere a Marina de Tróia, um supermercado da cadeia Meu Super, o transporte fluvial Atlantic Ferries e ainda um centro de estágios.

Apesar dos efeitos da pandemia, a Sonae Capital reforçou a tesouraria cerca de 10 milhões de euros, de 72,5 milhões para 81,3 milhões de euros. Este montante permite “perseguir os nossos objectivos estratégicos e assegurar um nível de conforto suficiente para enfrentar cenários mais adversos”. Também no primeiro semestre, o investimento bruto foi de 12,8 milhões de euros.

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