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A parceria entre a Helexia – que desenvolve soluções integradas de energia para que as empresas façam o caminho para a descarbonização – e a Leroy Merlin já tem cinco anos. E neste tempo, com a instalação de mais de 10 540 painéis solares em nove lojas Leroy Merlin, foi possível evitar a emissão de cinco mil toneladas de dióxido de carbono. O que – e feitas as contas – representa uma poupança na ordem dos 350 mil euros na fatura energética, ao mesmo tempo que está assegurada a cobertura de 42% das necessidades de energia daqueles espaços.
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Uma parceria que para a Helexia é para manter, como diz ao Dinheiro Vivo o diretor de Marketing e Comunicação da Helexia Portugal. “A maior contrapartida é uma relação de longo prazo com resultados positivos para ambas as partes. A Leroy Merlin mantém o foco no desenvolvimento da sua atividade core, enquanto a Helexia garante que esse desenvolvimento acontece com a utilização otimizada de energia, preferencialmente de fontes renováveis”, afirma João Guerra, detalhando que a sua empresa tem apostado no setor do retalho para implementar soluções energéticas.
Por seu turno, João Lavos, líder do projeto Impacto Positivo na Leroy Merlin Portugal, congratula-se com a parceria estabelecida. “Os resultados desta colaboração são muito relevantes e animam-nos a ir mais longe. Queremos juntos continuar a melhorar a eficiência energética dos nossos edifícios e por isso continuaremos a implementar as ações que definimos juntos e nos permitiram atingir o objetivo de reduzir em 5% o consumo energético a cada ano que passa”.
E, apesar de os projetos serem pensados a longo prazo, o retorno vê-se a curto prazo. “Por exemplo, quando uma loja implementa uma central fotovoltaica em regime de autoconsumo, as faturas de energia reduzem de imediato, pois uma parte significativa da energia consumida é gerada através de fontes renováveis produzidas no local”, detalha João Guerra. E, remetendo mais uma vez para a colaboração com a marca de bricolage, diz que esta vem “provar que os melhores resultados são obtidos quando existe uma visão holística sobre a utilização da energia, com desenvolvimento de projetos nas várias vertentes: produção de energia, eficiência energética, mobilidade elétrica e no final certificar, ou seja, comprovar a qualidade dos projetos e processos implementados”.
Uma mentalidade “verde” que a Leroy Merlin faz por passar, também, aos colaboradores. “Aqui mais do que sustentabilidade, falamos de Impacto Positivo, que é o motor de desenvolvimento da empresa a todos os níveis – humano, ambiental e económico”, diz João Lavos. E, por isso mesmo, a empresa aposta na construção de um plano formativo para os colaboradores, que começa pelo Currículo de Impacto Positivo. “Estas formações pretendem sensibilizar e capacitar as nossas equipas para poderem ser embaixadores junto de clientes, mas também junto da sua própria rede de relações”.
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Já na lojas, as equipas têm a missão de aconselhar e explicar aos clientes, não só as características técnicas, mas também os benefícios sociais e ambientais das soluções Leroy Merlin. A empresa acredita ser fundamental sensibilizar os clientes para este tema, ao mesmo tempo que promove a sua importância. “Para que seja um fator de decisão e que assim cada cliente contribua para um habitat global mais positivo”, declara o responsável da Leroy Merlin.
E, como em equipa que ganha não se mexe, ainda no decorrer de 2023, mais duas lojas vão começar a produzir a sua própria energia, aumentando a potencia instalada para 3,52 MWp. “Esta sinergia permite preços de energia estáveis ao longo do tempo, com valores mais competitivos”, revela João Lavos.
Esta parceria resultou já num “case study”, onde é feito um balanço de todos os projetos que foram desenvolvidos em conjunto. Sendo que, como afirma João Guerra, foi importante perceber que a descarbonização é o caminho. “Este case study também pretende inspirar outras organizações a seguir o mesmo caminho, pois apenas dessa forma é possível atingir os compromissos de redução de emissões que a sociedade tem para 2030 e 2050”.
Ou, como afirma este responsável, as empresas em Portugal têm a responsabilidade de liderar e mostrar o caminho para a descarbonização. “Se partirmos do princípio que são as que têm maiores consumos energéticos, cada projeto que implementarem de transição energética para fontes renováveis tem impacto nas emissões de gases com efeito de estufa”. Assim, se estas organizações partilharem os seus dados, mostram o caminho que o país tem de tomar para optar por uma economia de baixo carbono, com empresas mais competitivas e resilientes.
Apesar disto, Portugal está no bom caminho para ser tornar mais “verde”, diz João Guerra. “Dados recentes divulgados pela APREN comprovam que em Portugal continental foram gerados 3216 GWh de eletricidade em junho de 2023, dos quais 57,2% tiveram origem renovável”, revela. O que significa uma quebra significativa na utilização de energia de origem fóssil e uma substituição pelas renováveis.
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