As exportações de peças para carros caíram 25,4% em março, o primeiro mês do impacto da pandemia do novo coronavírus. O mercado de componentes automóveis gerou 664 milhões de euros em exportações, o que compara com os 890 milhões de euros verificados no mesmo mês de 2019. Desde maio de 2009 que não se verificava uma descida tão forte, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.
“Estes valores já revelam os primeiros impactos do COVID-19, pois foi na segunda metade de março que as empresas começaram a sentir o abrandamento geral da atividade, com o encerramento temporário das fábricas de automóveis e consequente cancelamento de encomendas”, assinala a entidade em comunicado de imprensa.
Espanha foi o principal destino das exportações em março, com 725 milhões, mais 3,8% do que em igual período de 2019. Os outros concorrentes europeus perderam importância: Alemanha caiu 7,1% (493 milhões de euros), França recuou 14,5% (325 milhões de euros) e o Reino Unido desceu 9,8% (210 milhões de euros). Estes quatro países representam 70% das exportações portuguesas de peças para carros.
Exportações de peças para carros batem recorde em 2019
O novo coronavírus já teve impacto nos resultados trimestrais das exportações: entre janeiro e março, verificou-se uma descida de 3,5% para 2,492 mil milhões de euros. Este montante corresponde a 17,1% das exportações de bens transacionáveis, isto é, “por cada 100 euros que Portugal exporte de bens, 17,10 euros referem-se a componentes automóveis”.
No final de março, a AFIA assumiu que as fábricas de componentes automóveis só deverão concluir a recuperação dos impactos do novo coronavírus no final deste ano.
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