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O primeiro pensamento que pode surgir quando se procura trabalho é aderir ao LinkedIn, rede profissional online onde é possível caçar talentos – ou ser caçado. Há formas de tornar estes processos mais simples para recrutadores e empregadores. Pedro Caramez, guru da rede e autor de Vencer com o LinkedIn – que em 2013 já publicara Como Ter Sucesso no LinkedIn – lançado no site Amazon, dá dicas de como pode obter sucesso com pequenas mudanças no seu perfil.
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O sucesso do LinkedIn está, de algum modo, associado à subscrição de serviços pagos?
Não, de todo. As soluções pagas que o LinkedIn oferece funcionam mais como complemento do que propriamente necessidade. Independentemente da linha de trabalho, setor ou indústria, é possível ter sucesso na plataforma sem pagar serviços extra. Mais do que o pagamento de uma subscrição, é mais importante ser-se consistente na rede, através de uma gestão regular dos contactos e de uma participação efetiva.
Como se faz uma pesquisa eficaz para procurar emprego?
As dicas que posso partilhar sobre como pesquisar de forma eficaz no LinkedIn são a utilização da secção “vagas” e aproveitar funcionalidades como alertas de vagas, seguir páginas das empresas nas quais o utilizador possa estar interessado e estar atento a caça-talentos e profissionais de RH (Recursos Humanos), para estabelecer uma conexão e demonstrar a atividade junto deles.
Devemos estar mais atentos quando procuramos emprego ou ir sempre alimentando a página?
O maior segredo na utilização é o uso permanente para que a rede de contactos se mantenha informada e atenta ao que fazemos.
E como é que o recrutador deve agir?
As melhores abordagens passam por apresentar um perfil credível, confiável, estabelecer mensagens objetivas em relação à natureza do projeto e condições relevantes para efetivar o primeiro contacto.
Quais são as profissões que não beneficiam e quais são mais beneficiadas no LinkedIn?
Acredito que todas as profissões beneficiem da presença. Naturalmente, para uns há opções interessantes para atrair, captar e relacionar-se com clientes. Para outros, contribui para um maior conhecimento na sua área de especialidade, setor ou indústria.
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E é mais vantajoso para quem caça-talentos ou para quem quer ser encontrado?
Ambos beneficiam mutuamente. Até porque sem potenciais candidatos, os caça-talentos não podem desempenhar a sua função. Ou seja, os candidatos que tiverem uma postura ativa e construírem a sua marca serão mais facilmente notados pelos caça-talentos. Estes, ao ter um perfil otimizado para o recrutamento, serão também mais facilmente encontrados pelos candidatos. E quando isto é bem feito, cada caça-talentos é um componente essencial para a construção da Marca de Empregador, algo cada vez mais relevante para as empresas. Por isso, é uma situação em que ambos os lados beneficiam.
Quando se procura novos talentos e a pessoa não está na plataforma isso é bom ou mau?
Depende do setor ou especialidade, mas é mau sinal que o profissional não tenha essa presença.
A que perguntas deve responder o perfil?
A melhor forma de o perfil LinkedIn responder será através da análise de áreas como “título profissional” e “sobre”. Na primeira, responde-se a perguntas como onde trabalha, especialidade, indústria, setor e habilidades-chave. Na outra, é possível descrever um pouco mais. Alguns componentes-chave na área são as experiências e há quantos anos desempenham funções, as principais conquistas na carreira e descrição de competências mais relevantes.
Que tipo de conteúdo publicado é que chama mais a atenção dos caça-talentos?
Aquele que é produzido de forma consistente e empenhada. Não há nenhum tipo particular de conteúdo que se destaque, mas sim a estratégia. Um ponto relevante é que apenas 3% das pessoas publicam no LinkedIn, ou seja, a partir do momento em que estamos a ser ativos na rede já fazemos a diferença. Se essa participação for regular, pensada e construtiva para a plataforma, tenho a certeza que várias pessoas serão impactadas positivamente com o conteúdo.
Devo aceitar qualquer pedido?
Não creio que seja crucial aceitar todos, porque um dos grandes objetivos da plataforma é criar uma rede de contactos com pessoas que sejam do nosso interesse e a quem nós interessemos. O objetivo é ter conexões coesas, mais do que grande número de ligações – se bem que um número saudável ajuda.
O perfil do LinkedIn deve ser bilingue?
O aconselhado é ter dois idiomas, porque permite aos utilizadores, no próprio perfil, diferentes opções adaptadas ao visitante: um utilizador que use o LinkedIn em português irá ver o perfil em português, um anglo-saxónico vê em inglês. Se é alguém que trabalha com mercados internacionais é obrigatório adicionar o idioma inglês, e preferencialmente ser o perfil a predefinir esse idioma.
Quais as tendências deste ano?
A plataforma estará focada em novas formas de interação na rede, como eventos em áudio e em direto. E tem desviado a sua atenção para os criadores de conteúdos com mais soluções para esses profissionais como newsletters e a ativação do modo criador. No que toca às empresas, o ano trará soluções para apoiar a comunicação com os públicos em novos formatos de publicação e publicidade.
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