O ministro das Infraestruturas e Habitação foi esta sexta-feira a Hamburgo (Alemanha) com a administração da TAP para ir buscar o primeiro A321LR da companhia aérea. Em conferência de imprensa, à chegada, Pedro Nuno Santos insistiu que a presença do Estado na empresa é para manter. “A intenção de acompanharmos a administração da TAP nesta viagem prendia-se com o objetivo de sinalizar perante o povo português o esforço de investimento que a TAP está a fazer para conseguirmos que continue a crescer”, disse.

“O Estado é o maior acionista da TAP. O Estado na TAP veio para ficar. Os portugueses sabem bem o que aconteceu a muitas das nossas empresas que foram privatizadas”, acrescentou. O governante assinalou que a “única maneira de garantir que uma empresa se mantém nacional e que não corre o risco de ser desmantelada é o termos o Estado com uma posição forte na empresa”.

Questionado sobre o encerramento da pista secundária do aeroporto da Portela, a 17/35, que permitirá dar início a investimentos na infra-estrutura, pode acontecer em breve. “Estamos prontos para encerrar a pista; não é por nós que as obras não começam. Há um conjunto de condições que foram solicitadas pelo ministério. Estamos a aguardar, mas a qualquer momento poderemos estar em condições de encerrar a pista para que se possam fazer as obras”.

Há cerca de duas semanas, na apresentação de resultados da TAP, foi sinalizado que a companhia aérea estaria a começar a preparar-se para entrar em bolsa. Algo que não deverá acontecer antes de 2020 e mediante condições de mercado. Sobre o tema, o ministro foi parco em explicações. Sinalizou que, em primeiro lugar, “somos firmes nos compromissos que assumimos, tudo decorrerá com a maior naturalidade” e em segundo que “o Estado continuará seja qual for o cenário o maior acionista da TAP”.

O primeiro A321LR de 14

A TAP recebeu hoje o primeiro A321 Long Range. A empresa liderada por Antonoaldo Neves encomendou 14 aeronaves à francesa Airbus. O novo avião entrará diretamente para operar a rota Lisboa-Tel Aviv, sendo que este modelo vai ser usado também nas rotas para os Estados Unidos e possivelmente Brasil. A aposta da TAP está agora muito centrada no mercado norte-americano, para onde tem oito rotas.

Este avião tem 16 assentos em executiva, sendo que quatro são individuais, e oferece mais espaço em económica, equivalente ao disponível no Airbus A330neo. O novo avião, que recebeu o nome do filósofo e poeta português, Agostinho da Silva, tem capacidade para transportar até 168 passageiros.

A TAP recebe um total de 37 aviões até ao final deste ano e 71 até 2025.

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